O mercado pecuário viveu mais um dia de baixas nesta quinta-feira (17/7). Com os temores gerados pelas tarifas norte-americanas, os vendedores ofertaram mais bovinos e os abatedouros estavam aproveitando o momento de compra, informa a Scot Consultoria. Se na semana passada a maioria dos compradores permaneceu fora dos negócios, nesta quinta-feira estavam ativos, aproveitando o momento de mercado.
Das 32 regiões monitoradas pela Scot, 25 registram quedas de preços do boi gordo nesta quinta-feira. Permaneceram com estabilidade nas cotações as praças do sul de Goiás, oeste do Rio Grande do Sul, oeste da Bahia, oeste do Maranhão, Alagoas, sul do Tocantins e Acre.
Em Araçatuba (SP) e Barretos (SP), praças que são referência para o mercado pecuário brasileiro, a cotação de todas as categorias caiu. Para o boi gordo, o preço caiu R$ 4, para R$ 300 a arroba. Já o “boi China” teve recuo de R$ 3, para R$ 304 a arroba. Para as fêmeas, o preço recuou R$ 2, com a arroba da novilha cotada a R$ 283 e a da vaca a R$ 273. Todos os valores são para o pagamento a prazo.
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as vendas de animais são feitas por pecuaristas que precisam de caixa e, na frente, vão os lotes de fêmeas. Os machos vão ficando reservados para quando os preços voltarem a subir. “Compradores também têm certa preferência por fêmeas nos negócios de balcão, tendo em vista que boa parte das escalas já está preenchida com bois de contrato”, afirma o Cepea.
Em relação aos custos de produção, o Cepea destaca que, do ponto de vista dos pecuaristas, o preço médio do milho e o do boi neste mês estão permitindo a melhor relação de troca dos últimos oito anos. Em julho, com a venda de uma arroba de boi no Estado de São Paulo (valores baseados no indicador Cepea/Esalq) foi possível comprar 4,79 sacas de milho, ao preço médio da região de Campinas (indicador Cepea/B3). Em uma década, esse resultado só ficou menor do que setembro de 2017 (5,01 sacas).
Fonte: Globo Rural.