Desde o início do mês de julho, o preço da carne bovina vem registrando sucessivos aumentos no mercado atacadista. Na semana passada a arroba alcançou cotação média de R$ 56 nem Goiás, batendo em R$ 57 em algumas regiões. Na primeira semana de julho, há 60 dias, o valor médio pago pelos frigoríficos era de R$ 51, o que significa ganho médio de 10% no período. No mercado paulista, a arroba bovina já chegou aos R$ 60 em várias regiões.
De acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados do Estado de Goiás, José Magno Pato, vários fatores têm contribuído para elevar as cotações da carne bovina. O primeiro deles é a redução da oferta, uma tendência natural nesta época do ano, quando cai o número ofertado dos chamados bois de pasto. Com isso, os frigoríficos têm trabalhado com escalas curtas de abate, favorecendo os pecuaristas. Quanto aos animais confinados, a entrada no mercado começa este mês, mas isso não trará reflexo nas cotações.
O segundo aspecto é o mercado internacional, que está mais comprador, principalmente União Européia, Rússia e Oriente Médio. Segundo Pato, as projeções indicam que o Brasil vai exportar bem mais de um milhão de toneladas este ano. Além disso, o preço da carne no mercado internacional está melhor este ano: cerca de US$ 2 mil a tonelada, contra US$ 1.600 em 2002.
Finalmente, embora em ritmo lento, o consumo interno de carne bovina tem experimentado ligeira melhoria em decorrência principalmente do aumento das demais proteínas animais como suínos e aves. Com preços semelhantes, o consumidor opta, muitas vezes, pela carne bovina. A tendência, segundo Pato, é o preço continuar em elevação até o fim do ano, devendo chegar a R$ 60,00 em novembro (algo em torno de 20 dólares), valor que se assemelha ao preço histórico do produto.
Fonte: O Popular/GO, adaptado por Equipe BeefPoint