O consumo interno da carne suína deve crescer a partir de agora, puxado principalmente pela retomada de demanda das carnes de boi e frango nos mercados interno e externo. Segundo o presidente da consultoria AgraFNP, José Vicente Ferraz, o aumento no consumo terá um fator certeiro: o preço.
O consumo interno da carne suína deve crescer a partir de agora, puxado principalmente pela retomada de demanda das carnes de boi e frango no mercados externo. O volume de matrizes industriais alojadas no país deverá crescer 7,6% no ano, segundo estimativa da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
Segundo o presidente da consultoria AgraFNP, José Vicente Ferraz, o aumento no consumo terá um fator certeiro: o preço. “Os preços do boi e da ave estão reagindo, a carne suína deverá ficar mais barata ao consumidor e isso é fator decisivo”, disse Ferraz.
O embargo da Rússia à carne brasileira, quebrado na última semana nos estados de São Paulo e Goiás, não contemplou Santa Catarina, principal estado exportador de carne suína. “Os russos precisavam da carne de boi de SP e GO porque não possuem alternativa ao volume e qualidade oferecidos pelo Brasil. Já a carne suína tem opções de abastecimento na própria União Européia”, disse o consultor.
Nos primeiros nove meses do ano a receita com exportações de carne suína apresentou queda de 18,31% em comparação com o mesmo período do ano passado. De janeiro a setembro, a receita acumulada foi de US$ 726 milhões. Sendo que até setembro de 2005 a cifra foi de US$ 888 milhões. Foram exportadas 271,2 mil toneladas nos primeiros nove meses do ano. No mesmo período de 2005 foram 473,5 mil toneladas. A matéria é de Juan Velásquez, para a Gazeta Mercantil.