Em outubro, o mercado físico de boi gordo vivenciou período de incerteza nos preços. O Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo a Vista Esalq/BM&F, estado de São Paulo, que estava com comportamento de alta desde junho de 2006, atingiu sua máxima em 17 de outubro cotado em R$63,07/@.
Em outubro, o mercado físico de boi gordo vivenciou período de incerteza nos preços. O Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo a Vista Esalq/BM&F, estado de São Paulo, que estava com comportamento de alta desde junho de 2006, atingiu sua máxima em 17 de outubro cotado em R$63,07/@. No entanto, devido às chuvas nas regiões produtoras, à entrega de contratos de boi a termo e ao volume de bois terminados em confinamento, verificou-se concentração de oferta no físico, o que resultou no alongamento das escalas dos frigoríficos para até 4 de novembro.
Em função desse conjunto de fatores, o mercado físico viu a inversão da tendência de alta e o indicador declinou para R$60,49/@, em 25 de outubro, desvalorização de 5,41% em seis dias.
Já o Indicador de Preços do Bezerro a Vista Esalq/BM&F, estado do Mato Grosso do Sul, manteve tendência de crescimento, movimento que se iniciou em março passado, e chegou a 24 de outubro R$374,16/cabeça, valor 11,37% superior ao começo do ano. Segundo informações do mercado, 70% dos bois confinados foram abatidos.
Gráfico 1. Indicador do bezerro Esalq/BM&F a vista
O setor mostra-se dividido sobre o volume restante. Uma parte está preocupada se este será suficiente para garantir o abastecimento de novembro, cujas escalas já estão garantidas até 4 de novembro – esse volume poderá comprometer o abastecimento no caso da ocorrência de algum problema climático, como uma seca. No entanto, outra parte acredita que, se as chuvas forem regulares, pode haver antecipação da entrada de bois de pasto ao mercado.
Os vencimentos futuros acompanharam todo o movimento de alta e a inversão dessa tendência. O mercado deu oportunidade aos vendedores e compradores de fixar seus preços de venda e compra, de acordo com suas respectivas estruturas de custo.
Gráfico 2 – Primeiro vencimento BM&F e indicador Esalq
De acordo com especialistas, é o momento de iniciar o planejamento da próxima safra. Alguns vendedores já garantiram o preço de venda do boi para maio de 2007. Há vendedores que fixaram o preço para maio de 2007, em plena safra, a R$58,80/@. O vencimento maio desvalorizou-se 4,76%, chegando a R$53,81/@ no fechamento desta edição – mas esse valor ainda representa mais de 10% superior ao valor médio do indicador na safra passada (R$48,50/@). Alguns corretores avaliam que uma alternativa ao pecuarista é comprar opções de venda para maio de 2007 e, dessa forma, garantir um preço mínimo. Para saber mais sobre o mercado de opções e como operar, basta entrar em contato com uma corretora associada por meio do site www.bmf.com.br.
Gráfico 3 – Vencimento maio 2007 na BM&F
Em outubro, o contrato futuro de boi gordo quebrou todos os seus recordes de liquidez. No dia 17, superou o recorde diário anterior (em 23 de setembro, de 5.904 contratos), atingindo 9.232 contratos. O volume mensal também é recorde: até o dia 27, foram transacionados 61.869 contratos. No dia 25 de outubro, o mercado de boi suplantava o número negociado no ano passado, ultrapassando a marca dos 311.500 contratos ou 6,2 milhões de cabeças.
Fonte: BM&F