As cotações mais altas do gado para o mercado externo - com valorização superior à registrada no mercado interno - estão estimulando a comercialização do animal para o exterior. De janeiro a julho, o Brasil embarcou 216,9 mil animais vivos - que serão abatidos em seus destinos - um volume 22% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
As cotações mais altas do gado para o mercado externo – com valorização superior à registrada no mercado interno – estão estimulando a comercialização do animal para o exterior. De janeiro a julho, o Brasil embarcou 216,9 mil animais vivos – que serão abatidos em seus destinos – um volume 22% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.
A maior parte do animal exportado é oriunda do Pará (95% do total) Em janeiro, a arroba do boi naquele estado custava R$ 60 e, no mês passado, R$ 75 – um incremento de 25%. Na mesma comparação, o gado vivo embarcado saiu de US$ 730 por cabeça para US$ 1.080 – alta de 47,9%.
Para Ronald Aitken, superintendente de Relações com Investidores do Minerva, o que ocorreu é que o frete do animal subiu e, por isso, o preço do gado no destino teria ficado mais caro. O frigorífico é o maior exportador nacional de animal vivo – com cerca de 40% do mercado. A empresa espera aumentar em 40% o faturamento com a exportação deste produto.
Para Aitken, a explicação para o Pará ser o principal fornecedor é a disponibilidade de boi, a logística e o preço mais barato.
Em julho, todos os animais enviados do Brasil eram oriundos do Pará. No período, o País exportou 35,6 mil bovinos – para uma receita de US$ 38,7 milhões. Quando o volume é comparado com o mesmo período do ano passado, houve queda. Em julho de 2007 foram embarcadas 46,6 mil reses. Mas, como o preço está mais alto, naquela ocasião, o faturamento com a venda foi menor: US$ 29,5 milhões.
“A variação depende mais da disponibilidade de navio que da demanda. Esta é crescente”, afirma Aitken. Para ele, como o Brasil é o maior exportador de carne, nada mais natural também vender o boi.
A matéria é de Neila Baldi, publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.