O Índice de Preços de Alimentos da FAO (FFPI) registrou média de 130,1 pontos em agosto de 2025, praticamente inalterado em relação ao nível revisado de julho, de 130,0 pontos. Quedas nos índices de preços de cereais e laticínios foram compensadas por aumentos nos índices de carne, açúcar e óleos vegetais. No geral, o FFPI ficou 8,4 pontos (6,9%) acima do registrado em agosto de 2024, mas ainda 30,1 pontos (18,8%) abaixo do pico alcançado em março de 2022.
O Índice de Preços da Carne da FAO atingiu média de 128,0 pontos em agosto, alta de 0,7 pontos (0,6%) em relação a julho e de 5,9 pontos (4,9%) em comparação a um ano atrás, marcando um novo recorde histórico.
A alta foi impulsionada pela continuidade do aumento nos preços da carne bovina e da carne ovina, que superaram as cotações amplamente estáveis da carne suína e a queda nos preços da carne de frango.
Os preços internacionais da carne bovina alcançaram um novo recorde, sustentados pela forte demanda dos Estados Unidos, que impulsionou as cotações australianas, e pela firme demanda de importação da China, que manteve os preços de exportação do Brasil elevados, apesar da redução nas vendas para os EUA após a imposição de tarifas adicionais.
Os preços da carne ovina subiram pelo quinto mês consecutivo, refletindo a escassez de oferta exportável na Oceania, com maiores volumes direcionados a mercados mais lucrativos, em especial o Reino Unido e os Estados Unidos.
Os preços globais da carne suína permaneceram praticamente estáveis, em meio a condições equilibradas de oferta e demanda mundiais.
Em contraste, as cotações da carne de frango caíram, pressionadas pela ampla oferta exportável do Brasil. Embora o país tenha declarado suas granjas comerciais livres de influenza aviária de alta patogenicidade em meados de junho, restrições de importação mantidas por alguns grandes parceiros comerciais continuaram a afetar a demanda.
Fonte: FAO, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.