O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 77,16/@, alta de R$ 0,01. O indicador a prazo teve valorização de R$ 0,03, sendo cotado a R$ 78,04/@. A BM&F fechou em alta com variação média de R$ 0,35. O primeiro vencimento, abril/08, fechou a R$ 77,60/@, com variação positiva de R$ 0,09. No mercado físico os negócios seguem lentos e os preços firmes. Após reajustar os preços os frigoríficos conseguiram comprar um pouco melhor, mas as escalas ainda são curtas na maioria das regiões brasileiras.
Segundo a CNA, os preços do sal mineral, praticamente dobraram desde novembro do ano passado. A razão destes aumentos está relacionada diretamente à elevação dos preços do fosfato bicálcico, responsável por 60% dos custos do sal mineral.
Por este motivo, a Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) pediu à Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) que inclua o fosfato bicálcico e o ácido fosfórico na lista de exceção da Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul, com alíquota zero. Para o presidente da Comissão da CNA, Rodrigo Alvim, seria “a única maneira de aumentar a concorrência, freando estes aumentos que atingem diretamente o custo da nutrição animal”.
O aquecimento da demanda mundial por ácido fosfórico, matéria-prima fundamental para a produção do fosfato bicálcico, principal fonte de fósforo dos sais minerais, é o principal responsável por estes aumentos. O fato de 90% da produção de ácido fosfórico ser utilizada pelos fertilizantes, restando apenas 10% para uso em alimentação animal e humana, agrava ainda mais a situação.
Há previsão de novos aumentos de 20% a 30% para o fosfato bicálcico para maio. Desde novembro, o preço do produto mais do que dobrou, passando de R$ 800,00 a tonelada para R$ 1.800,00 a tonelada. Os maiores consumidores mundiais de fosfato bicálcico são China, Índia, Estados Unidos e Brasil, que adquirem o produto do Marrocos, Rússia, Tunísia e Jordânia. Não há previsão de aumento da oferta mundial em curto prazo, pois as jazidas existentes já atingiram 95% da capacidade de produção e novas jazidas levariam, no mínimo, quatro anos para se habilitarem a entrar em funcionamento.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista foi cotado a R$ 77,16/@, alta de R$ 0,01. O indicador a prazo teve valorização de R$ 0,03, sendo cotado a R$ 78,04/@.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Tabela 2. Fechamento do mercado futuro em 22/04/08
Acesse a tabela completa com as cotações de todas as praças levantadas na seção cotações.
No atacado da carne bovina, o traseiro teve valorização de R$ 0,10, sendo cotado a R$ 5,30. Dianteiro (R$ 4,00) e ponta de agulha (R$ 3,70) permaneceram com preços estáveis. O equivalente físico foi calculado em R$ 68,78/@, valorização de 1,06%. O spread (diferença) entre indicador de boi gordo e equivalente físico recuou para R$ 8,39/@, mas ainda está acima da média dos últimos 12 meses, que é de R$ 6,55/@.
Gráfico 2. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista x equivalente físico
André Camargo, Equipe BeefPoint
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