Parte do rebanho bovino de Japorã, município na fronteira com o Paraguai e onde foi descoberto o suposto segundo foco de febre aftosa, teria origem irregular e a maioria dos animais sequer é vacinada regularmente contra a doença.
Conforme a prefeitura local, o uso de notas frias de “compra” de frascos de vacina e o contrabando deliberado de bovinos do país vizinho são freqüentes. Tal situação mobilizou agentes do Departamento de Operação de Fronteira (DOF), que concentram suas ações no levantamento da procedência do gado das propriedades da região. A operação visa identificar a real origem do foco de febre aftosa – a suspeita é de que a doença atravessou a linha divisória entre o Paraguai e o Brasil.
A Prefeitura de Japorã afirma que há precariedade no trabalho de vigilância sanitária na cidade. “Aqui só tem dois fiscais da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal)”, informou a assessoria de imprensa. Além de precisar fiscalizar regularmente uma população (apenas bovina) de 56.043 animais, a dupla de fiscais teria de estar atenta à movimentação de gado na fronteira. “Mas eles (os fiscais) não têm estrutura”, reconhece a prefeitura.
Fonte: Correio do Estado/MS (por Osvaldo Júnior), adaptado Por Equipe BeefPoint