Para ampliar a participação no mercado brasileiro de ração para bovinos, a Premix anunciou ontem a aquisição da goiana Paraíso. O objetivo da companhia de Ribeirão Preto é elevar sua fatia nesse mercado em três a quatro pontos percentuais. Hoje, a empresa tem entre 8% e 10% de participação.
“Com a aquisição esperamos ampliar em 40% o faturamento em relação ao ano passado”, afirmou o CEO da Premix, Marco Guidolin, em entrevista ao Valor. Ele não informou a receita líquida da empresa. Em 2015, as vendas superaram R$ 220 milhões.
Questionado, o executivo não revelou o valor da aquisição, mas afirmou que uma parte foi paga em dinheiro e outra em participação no capital da Premix. Os sócios da Paraíso ficaram com 10% da empresa.
“A paquera começou há um ano, quando observamos que a Paraíso trabalhava de forma parecida com a nossa”, disse Guidolin.
Com a aquisição, a Premix avança em direção ao Centro-Oeste, uma meta antiga da companhia. A empresa passará a contar com fábricas em Goiás e Mato Grosso, além das quatro unidades que já possuía, nos Estados de São Paulo, Rondônia e Tocantins.
“Não concretizamos o nosso objetivo em relação ao Centro-Oeste. Ainda há muito a ser feito. Mas é um grande passo nessa direção e nos dá uma vantagem que buscávamos”, afirmou Guidolin.
Ao assumir a Paraíso, a Premix terá capacidade de produção de 250 mil toneladas por ano, considerando um turno. Trata-se de um aumento de 25% ante as 200 mil toneladas atuais. Em 2018, a produção brasileira de ração e sal mineral para bovinos atingiu 11,7 milhões de toneladas, aumento de 2,17%, conforme dados do Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).
Para Guidolin, o mercado de nutrição animal está melhor em 2019 que no ano anterior, em razão da maior valorização da arroba do boi gordo e da queda dos custos de produção do pecuarista. “Quando a economia tiver uma melhora o setor terá um ritmo maior”, disse.
Fonte: Valor Econômico.