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Presentear o brinco é parte da solução, diz produtor sobre rastreabilidade no RS

A multiplicidade de opiniões e posições tendem a encontrar o bom senso. Se de um lado o governo acredita que obrigando a ratreabilidade estará avançando, de outro, os pecuaristas, vítimas da futura lei, podem esperar o retrocesso. Não precisa ser nenhum especialista para ver que este ranço entre todos os atores do setor pecuário não avançará.

Olivio José Silva da Silveira, leitor BeefPoint, comentou sobre a opinião de José Roberto Pires Weber: hoje, todos os setores buscam a rastreabilidade como instrumento de gestão e de melhor aceitação dos seus produtos, bem como de controle sanitário.

Leia o comentário na íntegra:

A multiplicidade de opiniões e posições tendem a encontrar o bom senso. Se de um lado o governo acredita que obrigando a rastreabilidade estará avançando, de outro, os pecuaristas, vítimas da futura lei, podem esperar o retrocesso. Não precisa ser nenhum especialista para ver que este ranço entre todos os atores do setor pecuário não avançará.

Aprovada a lei, o governo sairá perdedor pois ela motiva a desobediência, primeiro porque será julgada como inconstitucional e segundo porque não há condições técnicas de faze-la cumprir. A lei, pelo que se lê na imprensa, diz que todo o animal com até seis meses de vida deve ser identificado e cadastrado.

Quem vai fiscalizar? O que será feito, daqui 2 anos, com os animais que não foram identificados? Sabão? Presentear o brinco é parte da solução, o maior custo está na implantação e manutenção dos cadastros. Se o governo tivesse simplesmente encontrado uma fórmula de remunerar o pecuarista, através de prêmios ou isenções tributárias, por este novo trabalho, não teríamos debates mas sim um consenso que se espraiaria muito mais. Precisamos ter bom senso e parar com o contraditório, necessitamos avançar!

Leia aqui a opinião de José Roberto Pires: hoje, todos os setores buscam a rastreabilidade como instrumento de gestão e de melhor aceitação dos seus produtos, bem como de controle sanitário.

Artigo relacionado:

Diga não a identificação – relato de um produtor contra a rastreabilidade obrigatória no RS.

1 Comment

  1. Roberto T.P.de Mesquita disse:

    O brinco é mero acessório em qualquer sistema de identificação. A partir de 23.11.2013 quando entrar em vigor a Lei 12.097 que estabelece nos art 4º e art. 6º que os estabelecimentos rurais e os de abate (inclusive do RS) somente poderão receber bovinos e búfalos identificados com marca a fogo, tatuagem ou outra forma permanente e auditável de marcação dos animais e, acompanhados de GTA em que essa identificação esteja presente.
    As outras formas permanentes de marcação, como os dispositivos eletrônicos por exemplo, somente poderão ser adotadas mediante a instituição de sistemas de rastreabilidade de adesão voluntária. Assim, ainda que esses novos sistemas estejam disponíveis até o final de novembro, a grande maioria dos estabelecimentos rurais do país deverá optar (obrigatoriamente) pela nova normativa do sistema oficial de rastreabilidade em vigor no país, sem ônus e sem burocracia, e continuará a identificar seu rebanho com marca a fogo ou tatuagem, tornando rastreável todos os lotes previamente “marcados” enviados para os estabelecimentos subsequentes, inclusive os de abate, sempre acompanhados com a nota fiscal e GTA.
    Por último, uma interessante flexibilização desse sistema de identificação, é que os
    animais identificados com dispositivos eletrônicos estão dispensados da obrigatoriedade de marcação a fogo ou com tatuagem. Particularmente, como pecuarista em Itupeva-SP, entendo que para fins de gestão do rebanho, mesmo em pequenas propriedades, além de ser um grande facilitador das operações de apartação, controle ponderal e manejo dos animais, sua relação custo-benefício é extremamente vantajosa em comparação com as outras formas de marcação.