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Preservar matas cria um mercado de R$ 50 bilhões

“Floresta intacta no Amazonas para compensação ambiental. Lotes para compensação ambiental em São Paulo. Venda de Mata Atlântica em Minas Gerais para compensação ambiental.” As ofertas acima existem. Foram postadas num dos maiores sites de compras pela internet do Brasil. Mais que pitorescos, os anúncios mostram o surgimento de um mercado considerado promissor: a locação e a venda de terras com vegetação nativa para compensar áreas que foram desmatadas em fazendas.

O mecanismo está previsto no Código Florestal, lei que regulamente o uso da terra e a preservação da natureza. O princípio é simples. Produtores rurais não podem ocupar toda a sua propriedade. Devem manter parte dela com a vegetação nativa. O porcentual a ser preservado varia de região para região. Uma fazenda no Amazonas deve ter 80% de matas. Em São Paulo, 20%.

Pelas estimativas da Biofílica, empresa de serviços ambientais, para que todos os fazendeiros do país possam ficar quites com a lei, a tendência é que haja um volume recorde de transações de terras com matas, que deve movimentar de R$ 35 bilhões a R$ 50 bilhões.

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Há uma razão econômica nessa tendência. Fazendeiros que derrubaram a vegetação nativa de suas terras têm três opções para se enquadrar na lei. Deixar a mata renascer por conta própria e reduzir a produção. Reflorestar, também reduzindo a produção. Ou continuar produzindo em toda a fazenda, mas se comprometendo a preservar outra área do mesmo tamanho e no mesmo bioma – cujas características naturais sejam idênticas às de suas terras. A maioria prefere comprar ou alugar.

Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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