O presidente da Abrafrigo, Péricles Pessoa Salazar, enviou comentário ao artigo "Leitor comenta problemas da exportação de gado em pé", onde o leitor do BeefPoint, Renato Morbin pontua os problemas gerados pela exportação de gado em pé. Em sua carta, Salazar defende que é preciso criar ferramentas permitindo que frigoríficos e importadores de gado em pé concorram em igualdade. Ele ressalta que é preciso menos emoção e mais razão na análise deste problema.
O presidente da Abrafrigo, Péricles Pessoa Salazar, enviou comentário ao artigo “Leitor comenta problemas da exportação de gado em pé“, onde o leitor do BeefPoint, Renato Morbin pontua os problemas gerados pela exportação de gado em pé e quais fator devem ser discutidos e pensados pelo Brasil para evitar perdas à pecuária nacional.
Em sua carta, Péricles Pessoa Salazar defende que é preciso criar ferramentas permitindo que frigoríficos e importadores de gado em pé concorram em igualdade. Ele ressalta que é preciso menos emoção e mais razão na análise deste problema.
“Renato, parabéns pela sua lucidez e diagnóstico preciso do problema da exportação de boi em pé. É o que a Abrafrigo vem defendendo desde o início: não pretendemos proibir a exportação de boi em pé, mas apenas taxar a exportação de tal forma que desapareça a vantagem comparativa do importador em relação ao pagamento de impostos. A indústria brasileira precisa competir em igualdade de condições com as empresas importadoras instaladas em outros países.
A exportação de boi em pé representa um enorme retrocesso para o país, inclusive para os próprios pecuaristas que fazem a terminação. A continuar esta exportação, vamos voltar aos anos 50 e 60, quando só exportávamos matérias-primas que geravam empregos e renda em outros países industrialmente mais avançados.
O que é bom para alguns, certamente não é para a nação. Não só a indústria frigorifica está prejudicada, outros setores industriais ligados ao couro, sebo, higiene e limpeza, biodiesel, farmacêutica, dentre vários outros, também ficam a “ver navios” caso se intensifique esta atividade.
O preço que o produtor recebe é superior ao pago dentro do nosso país? Quem conhece e analisa, sabe que não.
O Brasil exporta carne desonerada? Claro que sim. Mas, lembrem-se : 78% da produção nacional é voltada para o mercado interno, e aqui os impostos ICMS, PIS e COFINS, dentre outros, oneram a indústria brasileira.
É preciso menos emoção e mais razão na análise deste problema“.
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Então você propõe fazer polítca industrial às custas dos pecuaristas. “Eu só queria entender, não precisa explicar”.
Este papo de modernidade é cansativo.