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Pressão aumentou e arroba acumulou retração, mas negócios seguem em ritmo lento

Os compradores de boi gordo intensificaram a pressão sobre os preços da arroba e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista registrou recuo de 0,25% na semana, sendo cotado a R$ 104,32/@ na última quarta-feira. O indicador a prazo foi cotado a R$ 105,62/@, acumulando variação negativa de 0,41%. Apesar da forte pressão e das tentativas de compra a preços mais baixos, o mercado físico do boi seguiu trabalhando em ritmo lento.

Os compradores de boi gordo intensificaram a pressão sobre os preços da arroba e o indicador Esalq/BM&FBovespa boi gordo à vista registrou recuo de 0,25% na semana, sendo cotado a R$ 104,32/@ na última quarta-feira. O indicador a prazo foi cotado a R$ 105,62/@, acumulando variação negativa de 0,41%.

Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&FBovespa, relação de troca, câmbio

Apesar da forte pressão e das tentativas de compra a preços mais baixos, o mercado físico do boi seguiu trabalhando em ritmo lento. Segundo as análises do Cepea, tanto compradores quanto vendedores mostraram baixo interesse em negociar.

Breno Maia comentou: “hoje vi um amigo vender novilha gorda em SP a R$ 94,00 à vista, ontem não pagavam nem R$ 92,00, e tem frigorífico grande querendo boi aulista em preço bom”.

Segundo Ricardo Heise “no MS tem comprador já sinalizando que preços mais baixos não estão emplacando. Em GO tem frigorífico pedindo para pecuarista antecipar abate para segunda-feira agora”.

“Ontem teve negócios a R$ 99,00/@ com 35 no MS, morre quarta-feira que vem. O mercado é firme”, Bruno Andrade.

“As escalas estão parecendo cobertor de pobre, se cobrir agora falta lá na frente”, Roberto Barcellos.

Comentando o que está acontecendo no mercado físico, André Villela opinou: “eu só quero é ver aparecer o boi barato, porque nem o caro apareceu”.

Para Rogério Goulart, editor da Carta Pecuária, “o mercado está entrando em safra. vamos ver se rompe o suporte de janeiro”.

Fabiano Tito Rosa comentou que “essa semana será a de maior abate do ano, no Brasil (as escalas estão cheias). Semana que vem terá muita carne no mercado. Atenção ao atacado”.

Segundo Rodrigo Albuquerque a perspectiva é de demanda firme. “Esta é a segunda melhor data da venda de carne. O povo terá churrasco”. Tito Rosa completou dizendo “no atacado, a semana firme tem que ser essa. A próxima é do varejo (o atacado, na que vem, estará vendendo para a outra)”.

“Representantes de frigoríficos comentam que as vendas de carne no feriado foram baixas e, por isso, continuam recuados para novas compras. No entanto, operadores consultados pelo Cepea têm expectativa de aquecimento nas vendas no início de maio, quando o Dia das Mães pode elevar a demanda”.

“Até que enfim tivemos um dia com maior movimentação do varejo, principalmente para carnes desossadas e com algumas alterações de preços. As indústrias estão se posicionando para o início de mês, isso coloca o atacado na compra e enxuga os estoques de frigoríficos”, comentou Caio Junqueira Neto.

Segundo o Boletim Intercarnes, as expectativas seguem bastante otimistas em relação a uma melhor procura/demanda do atacado e do varejo. As ofertas de carne com osso continuam regulares e observa-se uma melhor oferta de traseiros. Já os preços no atacado da carne bovina ainda que aparentemente estáveis não estão totalmente definidos em firmes. A tendência é de estabilidade a alta, visto que as ofertas não devem apresentar volumes excedentes e a procura deve ser mais ativa para próxima semana.

Tabela 2. Atacado da carne bovina

Na reposição, o indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 773,51/cabeça na última quarta-feira, acumulando valorização de 1,65% na semana. A relação de troca recuou para 1:2,23.

Rodrigo Albuquerque comentou no Twitter que “bezerro em GO começa a derramar. Não estou dando conta de atender ligações de oferta”.

Rogério Goulart comentou que “continua a aparecer boi magro aqui no MS e no TO, onde temos fazendas”. Segundo ele os preços giram em torno de R$ 1150,00 a R$ 1350,00 por cabeça.

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0 Comments

  1. sergio fernandes disse:

    a arroba do boi esta muito baixa;tem que almentar  mais porque os produtos agropecuaria subirao muito,tem que almentar uns 10,00 reais

  2. Juan Ignacio Peyrou Soares de Lima disse:

    El precio del novillo gordo en los países de producción genuina (no subsiada), alcanza actualmente los precios en los países desarrollados, e incluso, en algunos momentos los supera. La competitividad de nuestras industrias, especialmente en Uruguay, está en la materia prima, es decir, que una materia prima barata hace viable toda la cadena, aunque el resto de los eslabones no alcancen a ser competitivos internacionalmente. Los altos precios actuales de la materia prima, y los altos costos de la mano de obra ("enfermedad holandesa" la llama Mantega), obligarían a un profunda cambio en la productividad en los eslabones industriales de la cadena. De no ser así, esto no parece sostenible.

    Felicitaciones nuevamente por la página web