O Primeiro Ministro do Canadá, Jean Chrétien, começou a pressionar o Japão na terça-feira passada para a reabertura de seu mercado à carne bovina canadense, sugerindo que não existe base científica que apóie a manutenção desta barreira imposta após o surgimento de um único caso da doença da ‘vaca louca’ (encefalopatia espongiforme bovina – EEB) no país norte-americano.
Chrétien precisa convencer as autoridades japonesas que a carne bovina canadense é segura. Até que isso aconteça, o Japão não permitirá importações de carne bovina norte-americana havendo qualquer possibilidade da presença de produto canadense. Como resultado disso, as autoridades dos Estados Unidos não retiram o embargo à carne bovina canadense, o que tem prejudicado muito a indústria de carnes deste país.
“O Primeiro Ministro reviu todas as ações do governo desde que irrompeu a crise”, disse o porta-voz de Chrétien, Stephen Hogue.
Mais importante que isso é o fato de que nenhum outro caso de EEB foi notificado no Canadá desde o surgimento daquele, em 20 de maio.
Hogue disse que Chrétien “colocou ênfase na importância de se utilizar evidências científicas para colocar ou retirar barreiras, e também em utilizar padrões internacionais existentes”.
Diante deste apelo canadense, o primeiro ministro japonês, Junichiro Koizumi, respondeu que mandaria seu ministro da Agricultura ao Canadá em 12 de julho.
O Premiê de Alberta, Ralph Klein, esteve em Washington para tentar persuadir as autoridades dos EUA a começarem importar carne bovina canadense novamente. “Eu acho que temos que convencer os norte-americanos primeiro; agora os norte-americanos têm que convencer os japoneses”.
Os EUA bem como vários outros países proibiram as importações de carne bovina e de animais vivos (incluindo ovinos e caprinos) do Canadá após a descoberta do caso de EEB no país. Os oficiais federais do Canadá disseram que a prioridade é obter acesso ao mercado dos EUA.
Fonte: The Globe and Mail (por Shawn McCarthy e Daniel Leblanc), adaptado por Equipe BeefPoint