Apesar da França ter retirado seu embargo à carne bovina britânica, instituído devido à doença da ‘vaca louca’ – encefalopatia espongiforme bovina (EEB) – em outubro passado, até agora os franceses não estão comprando muita carne britânica. Desta forma, na semana passada, o Príncipe do País de Gales adicionou mais a linha em seu resumo real: o de vendedor de carne bovina britânica.
Em sua primeira visita a Paris desde a morte da Princesa Diana em 1997, o Príncipe Charles participou de um evento designado a estimular os chefes de cozinha da França – e os consumidores – a dar à carne bovina britânica uma outra chance. A embaixada britânica utilizou como atrativo uma refeição feita com amostras de carne bovina britânica e preparada por grandes nomes da gastronomia.
“Este maravilhoso pedaço de carne não é somente um delicioso pedaço de carne que nós estamos comendo. Ele representa uma cultura inteira”, disse o Príncipe Charles antes de fatiar seu filé, oriundo de um bovino da raça Black Angus de 24 meses de idade, proveniente do abatedouro Merthyr Tydfil – o único abatedouro britânico que tem a aprovação do governo para exportar.
Porém, de acordo com o reportado, o evento teve somente um pequeno efeito em mudar a imagem-problema da indústria de carne bovina britânica na França. De acordo com o jornal Guardian, de Londres, um chefe de cozinha francês declarou que a carne bovina britânica está “entre as melhores do mundo” e disse também que começaria a servir este produto dentro de poucas semanas – enquanto ele não precisar dizer de onde vem a carne.
“Eu não acho que a França está totalmente pronta ainda para olhar em um menu e escolher algum prato com carne bovina rotulada como britânica”, disse o diretor do restaurante Left Bank, em Paris, Jacques Cagna.
Antes do medo gerado pela EEB, a França era o maior mercado de exportação de carne bovina do Reino Unido, com exportações no valor de US$ 257 milhões por ano.
Fonte: MeatingPlace.com (por Bill McDowell), adaptado por Equipe BeefPoint