Os altos preços recebidos pelos pecuaristas têm reduzido os incentivos à mudança na criação de animais sem o uso de antibióticos nos Estados Unidos, como já ocorre amplamente na avicultura de corte do país. Além disso, a mudança nos protocolos de uso desses medicamentos no setor de bovinos é mais difícil, já que o gado de corte normalmente vive um ou dois anos antes do abate,comparado com os frangos que normalmente vivem apenas seis semanas. Além disso, os processadores de bovinos normalmente compram o gado de uma ampla variedade de produtores e de intermediários, ao passo em que os processadores de frangos costumam fechar contratos de fornecimento exclusivo com os produtores.
As vendas de carne bovina livre de antibióticos representam menos de 5% do mercado de carnes dos Estados Unidos, mas essa participação tem crescido rapidamente. A receita proveniente da venda de carne bovina com o selo “natural” avançou 23% no ano passado, para US$ 701,8 milhões, enquanto a variedade orgânica cresceu 75%, para US$ 127,1 milhões, de acordo com a empresa de pesquisas IRI. Enquanto isso, a receita total com a venda de carne bovina aumentou 7%, para US$ 23,6 bilhões.
As redes de restaurantes, como a Chipotle Mexican Grill, por exemplo, que querem vender carne sem antibióticos não encontram oferta suficiente e precisam importar o produto, como por exemplo, da carne da Austrália.
Fonte: Estadão Conteúdo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.