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Produção de carne bovina dos EUA cairá ainda mais nesse ano

O abate de bovinos nos Estados Unidos está caindo graças à ampla pastagem e baixos preços do gado, reduzindo mais as expectativas que preveem que esse ano será o mais fraco em termos de produção de carne bovina desde 1993.

Em seu relatório mensal sobre previsões pecuárias, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reduziu as estimativas de produção de carne bovina durante o segundo trimestre de 2015 devido aos abates de novilhos e novilhas mais leves do que o esperado durante maio e junho.

Entretanto, o USDA também alertou que com os churrascos do dia 4 de julho (dia da Independência do país) os “consumidores parecem ter voltado à carne bovina mesmo com seus recentes preços recordes”.

A produção de carne bovina dos Estados Unidos agora deverá cair para 10,81 bilhões de quilos em 2015, 1,8% a menos que os 11 bilhões de quilos produzidos no ano anterior. Essa é uma redução com relação aos 10,89 bilhões de quilos previstos no mês passado.

A previsão para exportações em 2015 foi reduzida para 1,10 bilhão de quilos, de 1,12 bilhão de quilos previstos no mês passado.

Os abates de vacas de corte caíram, à medida que os produtores aumentaram o tamanho do rebanho e melhoraram as condições das pastagens mantendo os animais no pasto e fora dos confinamentos.

“Os abates de bovinos de corte inspecionados pelo governo federal continuaram caindo com relação ao ano anterior, refletindo o efeito das condições de pastagens bem melhor sobre o rebanho de corte”.

O clima úmido dos Estados Unidos tem beneficiado a pastagem, tornando mais econômico manter os animais no pasto.

O USDA disse que as chuvas têm sido abundantes na maioria das áreas do Estados Unidos, virtualmente eliminando a seca de todos os locais, menos nas regiões oestes do Rocky Mountains e suficiente para dar suporte os planos de uso de pastagens pelo resto de 2015”.

Os produtores estão relutantes em enviar as vacas para o abate à medida que buscam reconstruir os rebanhos, levando a um aumento na proporção de novilhos sendo abatidos.

A desaceleração nas colocações em estabelecimentos de engorda tem apoiado os preços dos bovinos para engorda. Os bovinos para engorda são animais alimentados a pasto, que são colocados em confinamento para serem engordados com grãos antes do abate.

“Os volumes de venda semanais de animais para engorda no Oklahoma National Stockyards continuaram declinando com relação ao ano anterior e os preços se mantiveram nas ultimas semanas”, disse o USDA. Os preços para os animais de engorda leves aumentaram em 27% com relação ao ano anterior desde janeiro.

Entretanto, uma queda nos preços do leite impulsionou os maiores abates de vacas leiteiras, à medida que os produtores reduzem o rebanho em resposta às margens baixas.

A desaceleração nos abates de bovinos também foi parcialmente compensada por um aumento no peso dos animais ao abate.

Durante todo o ano de 2015, os bovinos deverão ter um peso médio ao abate de 371,94quilos, aproximadamente 7,71 quilos a mais que em 2014.

Como os animais continuam no pasto antes do abate por mais tempo, estão entrando nos confinamentos com pesos maiores e estão, então, sendo mantidos nos confinamentos por tempo maior devido aos baixos preços dos grãos.

Os animais também estão em média mais pesados ao abate devido à maior proporção de novilhos sendo abatidos.

“Apesar dos recentes reveses nos mercados de bovinos vivos, os pecuaristas permanecem motivados para criar animais mais pesados como resultado dos preços moderados dos alimentos animais e preços historicamente altos dos gados”.

O USDA atribuiu o aumento nos preços da carne bovina a um aumento no consumo devido ao Dia de Independência dos Estados Unidos em 4 de julho.

Os preços agora deverão cair, à medida que os compradores domésticos, conscientes com relação a seus orçamentos, estão mudando para carne suína ou de frango, disse o USDA.

Fonte: Agrimoney, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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