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Produção de rações vai fechar o ano com crescimento tímido

A produção de rações animais no Brasil deverá alcançar 81,8 milhões de toneladas em 2022, com aumento de 1,3% na comparação com o volume do ano passado, informou ontem o Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações).

O resultado decorre do bom desempenho dos segmentos de pets, suínos e gado de corte, já que as vendas para as áreas de avicultura de postura e leite recuaram significativamente.

De acordo com o CEO do Sindirações, Ariovaldo Zani, a indústria enfrentou uma série de desafios em 2022, como problemas logísticos, escassez de insumos, forte aumento dos preços dos grãos (acentuado pela guerra na Ucrânia) e desvalorização do real em comparação com o dólar, que estimulou ainda mais as exportações de milho e soja – sendo que a oleaginosa ainda registrou quebra de safra na região Sul e em parte de Mato Grosso do Sul.

“Produtores independentes de ovos e leite sofreram muito este ano, e a suinocultura também, apesar do resultado positivo”, realçou. Do lado da demanda, o cenário econômico adverso também prejudicou o setor. A queda do poder aquisitivo da população limitou o repasse de custos nas gôndolas do varejo e gerou apertos em toda a cadeia da pecuária, inclusive as rações.

Para 2023, Zani prevê um mercado interno ainda bastante frágil, o que deverá restringir o crescimento das vendas de rações. Quanto aos custos para aquisição, ele lembrou que economistas têm falado em arrefecimento nos preços das commodities agrícolas a partir do ano que vem. “Mas a produção de farelo de soja, por exemplo, poderá não acompanhar a demanda”, disse ele.

A produção de rações para a avicultura de corte deverá crescer 1% em 2022, para 35,8 milhões de toneladas. No caso do insumo destinado às galinhas poedeiras, estima-se uma queda de 4%, para 6,9 milhões de toneladas. Assim, a avicultura como um todo crescerá apenas 0,1%, para 42,6 milhões de toneladas.

No caso da suinocultura, as 20,5 milhões de toneladas que serão fabricadas este ano representam um aumento de 4% em relação a 2021. Rações produzidas para bovinos somarão 12,1 milhões de toneladas, um leve recuo de 0,2%. A indústria fabricará 3% mais produtos para gado de corte, ou 5,9 milhões de toneladas, e 3% menos para gado leiteiro (6,2 milhões de toneladas).

O segmento pet – cães e gatos – registrará o avanço percentual mais significativo, de 6,5%, para 3,7 milhões de toneladas. “A indústria de produtos para animais de companhia também sofreu, mas ajustes foram repassados com menos dificuldade do que no caso de animais de produção”, afirmou Zani. Ainda pouco expressiva em relação às demais, mas em expansão nos últimos anos, a produção de rações para peixes registrará alta de 3%, para 1,49 milhão de toneladas.

Fonte: Valor Econômico.

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