Segundo o relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgado pela EFA News – European Food Agency, a produção mundial de carne necessitará de um acréscimo de 47,9 milhões de toneladas até 2034 para alimentar a população em crescimento, mantendo o consumo per capita, que subirá cerca de 0,9 quilogramas.
O estudo prevê que a produção total de carne aumente 13%, atingindo aproximadamente 406 milhões de toneladas em 2034, sendo que 62% desse crescimento será impulsionado pela produção de carne de aves, com um incremento de cerca de 15 milhões de toneladas.
O consumo per capita global de carne deverá crescer apenas 3%, atingindo os 29,3 quilogramas por pessoa por ano até 2034, uma desaceleração acentuada em comparação com o crescimento das décadas anteriores.
A China deverá reduzir o peso das importações globais de carne, descendo de 20% para 16%, enquanto a produção aumentará de forma expressiva em países como China, Índia, Estados Unidos e Vietname. A América Latina também verá um crescimento sólido na produção, apoiado nas suas vantagens competitivas.
Melhorias na eficiência de abate (8% bovino, 27% suíno e 19% avícola) permitirão reduzir o aumento de emissões de gases estufa para 6%, bem abaixo dos 13% do crescimento da produção total. Contudo, fatores como distribuição desigual do sector avícola e riscos sanitários (como a gripe aviária) representam desafios significativos.
Enquanto a produção global cresce, as exportações mundiais de carne deverão expandir apenas 10%, face aos 37% da última década. A União Europeia verá a sua quota de mercado recuar de 19% para 13%, num cenário em que Brasil, Estados Unidos e Argentina assumem posição de maior dinamismo exportador.
A carne de suíno crescerá cerca de 13%, com um consumo per capita estável em regiões de alta renda, mas em expansão na América Latina. Por sua vez, a carne bovina deverá atingir os 84 milhões de toneladas, com crescimento moderado impulsionado pela China e pela Índia. Nos ovinos, a produção poderá subir 15%, mas o consumo manter-se-á focalizado no Médio Oriente e Norte de África.
Fonte: Grande Consumo.