Dois mil e quatro foi um ano difícil para a pecuária de corte em Alagoas. A comercialização da carne produzida no estado novamente ficou restrita apenas ao mercado interno devido às barreiras sanitárias impostas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Motivo: Alagoas atualmente é classificada como zona de risco desconhecido da febre aftosa. Como se não bastassem as barreiras sanitárias, o preço da arroba do boi gordo estabilizou. Atualmente está variando entre R$ 60 e R$ 62.
Segundo o presidente da Associação dos Criadores de Alagoas (ACA), Givago Tenório, o preço não está remunerando o criador. “Tudo aumentou. Desde os insumos até a mão-de-obra do trabalhador. Os nossos preços que sempre foram de 10% a 12% maiores que os praticados no Centro-Sul, estão menores”, ressalta.
Para ele, a única saída é a abertura do mercado. “O consumo de carne em Alagoas é pequeno. O estado é pequeno, não podemos ficar restritos apenas às vendas internas”, acrescenta.
Para conseguir a mudança de classificação, Alagoas precisa vacinar mais de 80% do rebanho e concluir o cadastro agropecuário. O cadastro ainda não foi concluído, mas de acordo com a Seagri (Secretaria de Agricultura) está em andamento.
Vacinação
As campanhas de vacinação estão sendo realizadas duas vezes por ano. A primeira etapa acontece em abril e a segunda em outubro.
Em abril foram comercializadas 874.040 vacinas, mas foram declaradas apenas 561 mil. A Seagri chama a atenção dos criadores para a importância da declaração, sem ela o produtor não pode tirar a Guia de Trânsito Animal (GTA) e sem a GTA não pode comercializar seus animais.
Os números da segunda etapa da campanha de vacinação realizada em outubro ainda não foram divulgados. Este ano a Seagri lançou a campanha em várias feiras de cidades do interior, não se limitando apenas a Maceió.
Fonte: Tribuna de Alagoas (por Adriana Melo), adaptado por Equipe BeefPoint