As lideranças do setor pecuário do Rio Grande do Sul fizeram um pedido de urgência para a regulamentação e certificação do sistema de rastreabilidade, o que mostra que os produtores gaúchos já estão começando a absorver a idéia da necessidade de aplicação da rastreabilidade do gado – processo que acompanha a trajetória do animal do nascimento ao abate. A avaliação foi feita no Fórum Agrol: Rastreabilidade Bovina – Exigência do Mercado, realizado ontem, na Casa RBS.
Um dos temas abordados foi a experiência do Sistema Integrado de Rastreabilidade Bovina (Sirb), projeto do portal Agrol, formado por técnicos da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e da Planejar, empresa da RBS. Conforme o diretor geral da Planejar, Luciano Antunes, os produtores estão ansiosos por orientações do Ministério da Agricultura sobre o sistema.
O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, considerou que o ambiente é favorável para a aceitação e ressaltou a importância das experiências no Estado, principalmente em função das exigências do mercado externo. Com a presença de doenças como aftosa e do mal da ‘vaca louca’, o uso da rastreabilidade passou a ser obrigatório em alguns países, como é o caso do Uruguai. No Brasil, a utilização ainda é uma opção.
A importância da realização de alianças para o desenvolvimento da rastreabilidade também foi ressaltado no fórum. Segundo Leandro Ries, diretor de Desenvolvimento de Negócios do Agrol, já estão cadastrados ao Sirb cerca de 20 mil animais.
Participaram ainda do fórum o diretor executivo do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária do Estado de São Paulo (Fundepec), João Gilberto Bento, Lucio Caleffi de Azevedo, da Braslo, que tem como um de se seus principais clientes a rede de lanchonetes McDonald’s, Nanci Yamashita, da EAN (Associação Brasileira de Automação), e Carlos Alberto Rocha, consultor do Fundepec, que falou sobre a experiência australiana na rastreabilidade.
Fonte: Zero Hora/RS, adaptado por Equipe BeefPoint