Uma ação objetivando atrasar a introdução do novo Esquema Nacional de Identificação Animal (National Livestock Identification Scheme – NLIS) da Austrália foi aprovada em um fórum feito na semana passada em Inverell.
Isto porque noventa produtores de bovinos, processadores e leiloeiros estiveram presentes no fórum para discutir a aplicabilidade do novo esquema e ouviram convidados da Associação dos Leiloeiros, Associação Australiana de Carne Bovina, Meat and Livestock Austrália (MLA) e outros representantes da indústria.
O documento foi enviado ao Ministro da Agricultura, Ian McDonald, pedindo para que a data de implementação do NLIS de primeiro de julho de 2004 fosse postergada por mais um ano para permitir mais pesquisas. O diretor da Associação dos Leiloeiros de Inverell, John Shaw, disse que aqueles que estiveram presentes no fórum acham que o esquema foi conduzido muito rapidamente, sem uma consulta adequada aos participantes da indústria.
“E a tecnologia e os programas a serem usados não receberam o período adequado de testes. Acreditamos que o conceito tem mérito, mas está assustando por estar sendo apressado. São burocratas criando burocracias. Tudo está sendo imposto a uma indústria que não requisitou isso”.
Segundo ele, os brincos de identificação animal, cuja leitura é feita no computador, foram designados para rastrear doenças ou problemas de contaminação, bem como para impedir os roubos de bovinos. Cada brinco custará A$ 3,50 (US$ 2,24), enquanto os atuais identificadores (colocados no rabo dos bovinos) que estão no sistema de credenciamento de exportação à União Européia (UE) custam somente cerca de 14 centavos (8,97centavos de dólar) cada.
“Os custos não serão passados aos consumidores, terão que ser absorvidos pelos produtores. Com a informação atualmente disponível, parece que o esquema está longe de ser “nacional” com os estados individuais aparentemente determinando seus próprios critérios com certas concessões aos produtores. Se concessões podem ser permitidas em alguns estados, então o NLIS deveria ser voluntário e não obrigatório”.
Muitos representantes da indústria de carne bovina da Austrália acreditam que o país já tem aparatos excelentes de rastreabilidade, segundo ele, com adequados códigos de identificação e o uso de identificadores de orelha ou rabo, bem como os formulários de declarações de vendedores (National Vendor Declaration). “A mudança para um esquema que ninguém pediu e que custará aos produtores muitos milhões de dólares sem nenhum ganho extra é difícil de se justificar”.
Fonte: Inverell Yourguide (por Amy Lawson), adaptado por Equipe BeefPoint