A Irlanda está realizando um amplo estudo sobre a implementação da rastreabilidade nas carnes importadas que chegam aos consumidores do país. Segundo a Associação dos Produtores Rurais da Irlanda (IFA), o estudo mostrou que uma grande quantidade de carne importada pelo país está sendo vendida em hotéis, restaurantes, lanchonetes e outros estabelecimentos deste setor, sem que esteja sendo feita a rastreabilidade de origem do produto.
O presidente da IFA, John Dillon, disse que o aspecto mais alarmante deste fato é que 25% da carne bovina consumida no país está sendo importada sem um sistema adequado de rastreabilidade. Além disso, 31% da carne suína e 34% da carne de frango consumidas no país são importadas.
“Foi introduzido um esquema de rotulagem para identificação da carne bovina irlandesa nos supermercados e açougues do país em janeiro deste ano. Entretanto, não há rastreabilidade nos pontos de vendas em alguns hotéis, restaurantes, e outros estabelecimentos deste tipo”.
“É extremamente desanimador para os produtores de carne da Irlanda, que estão sujeitos a rígidos controles de rastreabilidade, para garantir a qualidade e segurança de seus produtos, ver que o mercado está totalmente tomado por produtos importados, produzidos com padrões de segurança menores. O compromisso com a rastreabilidade e a demanda pela garantia de qualidade significam um custo significativo aos produtores, para que atendam aos interesses dos consumidores”.
Os produtores da Irlanda, desde queo foi determinada a obrigatoriedade da rastreabilidade na venda de carnes, estão promovendo um sistema de identificação e registro dos animais, que monitora todas as movimentações dos mesmos, bem como fatos relacionados à saúde, uso de medicamentos, nutrição, registros de rebanhos, proteção do bem estar animal e do meio ambiente.
Dillon pediu auxílio ao ministro da Agricultura da Irlanda, Joe Walsh, para resolver este problema das carnes importadas.
Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint