Produtores de carne dos EUA temem disputa comercial com México

O economista chefe da Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina dos Estados Unidos (National Cattlemen’s Beef Association – NCBA), Gregg Doud, disse que teme que a indústria de carne bovina do país possa se tornar uma vítima caso a disputa comercial deste produto com o México se torne um assunto político após as eleições nacionais mexicanas que ocorrerão em julho.

“Nós estamos preocupados que alguns deles estejam tentando promover mudanças imediatas em nossa relação sob auspício desta eleição”, disse Doud após ter conversado no final de abril com oficiais do comércio do México. “Quando falamos com oficiais do governo do México, eles não confirmaram nem negaram que esteja se aproximando qualquer disputa relacionada à carne bovina. Qual a posição da NCBA? Não haverá nenhuma mudança na negociação na relação de comércio de carne bovina com o México que seja em detrimento dos produtores de carne dos EUA. Isto é simples”.

Atualmente, os EUA exportam mais carne bovina ao México do que a qualquer outro país do mundo. Em 2002, 80% da carne bovina importada pelo México era proveniente dos EUA. A tarifa relacionada ao comércio de carne bovina entre EUA e México é zero desde 1994. Porém, uma tarifa muito alta tem sido imposta atualmente a um número selecionado de companhias dos EUA que exportam carne bovina ao México. As exportações de carne bovinas dos EUA ao México vêm crescendo em uma taxa estável nos últimos oito anos, passando de 42 mil toneladas de carne bovina fresca, congelada e processada em 1995 para 350 mil toneladas de cortes tradicionais e não tradicionais desta carne em 2002. Este volume é 12% maior do que em 2001, e tem o valor de US$ 854,3 milhões.

“Esta relação comercial que vem sendo desenvolvida nos últimos 10 anos é um dos principais exemplos da importância de se construir mercados de exportação valiosos. A previsão de longo prazo para o crescimento nas exportações de carne bovina dos EUA ao México é promissora, graças ao seu crescimento populacional e à expansão de sua economia. Nós valorizamos esta relação uma vez que ela é benéfica a ambos os países”.

Fonte: Meatingplace.com (por Daniel Yovich), adaptado por Equipe BeefPoint