Lideranças da cadeia produtiva da carne gaúcha consideram a diferença de alíquotas do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os estados a principal dificuldade do setor. Os dirigentes participam do 1o Simpósio Internacional da Carne, realizado em São Borja, na Fronteira Oeste.
Um levantamento apresentado durante o encontro estimou que pecuaristas de estados do Centro-Oeste lucram até R$ 240 a mais que os produtores gaúchos a cada tonelada de carne comercializada. A razão da vantagem seria a incidência de alíquota zero de ICMS sobre a venda do produto.
Os produtores pretendem pedir ao governo estadual uma medida para restabelecer o equilíbrio na concorrência no setor, pois se consideram vítimas de uma concorrência desleal. No Rio Grande do Sul, a alíquota do ICMS é de 12%.
Além da diferença de alíquota do imposto, os líderes também apontam o abate clandestino e o abigeato como problemas que requerem soluções imediatas. “Esse conjunto de dificuldades impede a retomada da competitividade da carne gaúcha. Precisamos mobilizar o setor e buscar as soluções em todas as esferas do Poder Público”, comentou o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP).
O 1o Simpósio Internacional da Carne, promovido pela Cooperativa Tritícola Samborjense (Cotrisal) e pela Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), termina hoje com a realização de quatro palestras no Parque de Exposições Serafim Dornelles Vargas.
Hoje à tarde, os participantes realizarão uma visita técnica à Fazenda Ruviaro, na localidade de Rincão de São Lucas. A propriedade é uma das 13 estâncias que participam do projeto de monitoramento do campo nativo realizado pela Cotrisal e pela Universidade Federal do RS (UFRGS) com o objetivo de formular dosagens adequadas de suplementação para os bovinos da região.
Fonte: Zero Hora/RS (por Mauro Maciel), adaptado por Equipe BeefPoint