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Produtores rurais ampliam interação com as agtech

A rápida transformação digital no campo está fazendo com que fornecedores e empresas agropecuárias intensifiquem parcerias com startups na busca de novas soluções para os negócios. No Radar Agtech 2019, a Embrapa em parceria com a SP Ventures e a Homo Ludens Research & Consulting mapearam 1.125 startups voltadas ao agronegócio no Brasil, número que pode chegar a duas mil este ano. “Essa expansão acompanha a demanda do produtor brasileiro, hoje o mais digitalizado do mundo”, diz Adriana Regina Martin, diretora-executiva de inovação e tecnologia da Embrapa.

Uma pesquisa da consultoria McKinsey divulgada em março ouviu 560 produtores rurais no Brasil, constatou que 46% dos brasileiros utilizam canais digitais para realizar compras e comercializar produtos, enquanto nos EUA este percentual é 31% e na Europa 22%.

A Raízen, uma das maiores produtoras de biocombustíveis do país, criou há quatro anos, o hub de inovação aberta Pulse, em Piracicaba (SP). Hoje são 38 startups associadas, mais de 70 projetos pilotos de inovação foram estabelecidos e 20 deles resultaram em contratos comerciais, sendo 70% na área agrícola. “Criamos um ecossistema propício para a inovação e oferecemos um amplo campo para os parceiros testarem suas ideias”, diz Pedro Leal Noce, gerente de inovação digital da Raízen.

Uma startup apoiada na Pulse é a Arpac, que faz pulverização de precisão de herbicidas em plantas daninhas nos canaviais com o uso de drones. Os testes demonstraram uma economia de insumos de 82%. Outra agtech apoiada é a Brain, criada em 2019, com o objetivo de utilizar big data analytics, inteligência artificial e geoprocessamento de dados para fazer a análise de risco de contratos. “Fazemos em três minutos toda a análise socioambiental de uma propriedade”, afirma Renato Girotto, CEO da startup.

Com a pandemia da covid-19 vários produtores rurais decidiram reavaliar processos e aderir a soluções digitais. A startup paranaense Jetbov, que desenvolveu um aplicativo para o controle do processo produtivo do gado de corte, está presente em 2.300 fazendas do país. “A maioria dos clientes ainda não tinha contato anterior com uma plataforma tecnológica e estão comprovando o resultado que proporciona”, afirma o CEO da startup, Xisto Alves.

O aplicativo une dados gerados por equipamentos integrados, como balanças e sensores eletrônicos de identificação do animal. Na plataforma em nuvem, o gestor pode acompanhar a evolução de engorda e sanitária dos animais e cruzar as informações com e indicadores comerciais e de campo.

Fonte: Valor Econômico.

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