USDA: Relatório anual sobre produção de carne e bovinos do Brasil – 2002
9 de outubro de 2002
Gado é retirado mais cedo do pasto em MT
11 de outubro de 2002

Produtores sul-matogrossenses insatisfeitos com o Paraguai

“O Paraguai é um espinho atravessado na garganta do pecuarista”. A frase, proferida ontem pelo presidente do Fundo Emergencial de Erradicação da Febre Aftosa (Fefa/MS), Laucídio Coelho Neto, espelha a indignação que tomou conta da classe pecuária sul-matogrossense, diante da situação de emergência sanitária decretada na fronteira em função de suspeita de aftosa no país vizinho.

Na avaliação de quase 200 produtores, representantes de sindicatos rurais do Mato Grosso do Sul e conselhos municipais, que estiveram reunidos ontem (09) na Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) debatendo a suspeita de focos de aftosa no Paraguai, a pecuária brasileira e sul-americana está sendo novamente penalizada pela intransigência do país vizinho.

“Esta é a quarta vez que o Paraguai nos apresenta relatórios que não merecem total credibilidade”, disse o presidente do Fundo Emergencial de Erradicação da Febre Aftosa (Fefa/MS), referindo-se aos laudos apresentados pelo Serviço de Saúde Animal do Paraguai (Senacsa) que apontam rinotraqueíte infecciosa bovina (IBR) como a doença que acometeu o gado.

A proibição de análise do gado doente por técnicos do Centro Panamericano de Febre Aftosa (Panaftosa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e o descaso por parte do Paraguai em relação à doença geram revolta e indignação na classe produtora do MS. Segundo o presidente do Sindicato Rural de Ponta Porã, Ronei Fuchs, não é justo antecipar a vacinação antiaftosa no País toda vez que tem boato da doença no Paraguai.

O diretor presidente do Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro), Alexandre Auler Krabbe, destacou que “o problema da aftosa é da América Latina e por isso técnicos e produtores devem trabalhar em conjunto para evitar a possibilidade de entrada da doença em estado e no Brasil”.

Fonte: Correio do Estado/MS, adaptado por Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.