A Federação Rural do Uruguai não abandonou a ideia de impulsionar o pagamento do boi gordo na terceira balança (antes do dressing da carcaça durante o processo de abate), segundo o presidente da Federação, Jorge Riani.
“Vamos defender o pagamento de gado na terceira balança enquanto não houver transparência no abate”, disse Riani. Ele também enfatizou a necessidade de melhorar a relação entre a indústria da carne e produtores, pedindo às indústria que trabalhem “com os produtores para reduzir os custos”, porque, segundo advertiu, “os produtores não são inimigos.”
Poucos dias após o fim do quinto mês desde que o decreto que regulamenta o dressing foi implementado – emitido em 02 de janeiro de 2017 d- a Federação Rural garante que os rendimentos “mudaram um pouco”.
De qualquer forma, Guillermo Villa, representante do sindicato no Conselho de Administração do Instituto Nacional de Carnes (INAC), disse que os produtores estão apenas “na metade do caminho. Nós não desistimos de pedir o pagamento na terceira balança.”
Villa disse que “todos acreditam que o dressing deve ser inferior a 7%.” No último relatório do INAC – período de 14 a 20 de maio – o dressing médio dos novilhos foi de 7,5%, na terceira balança o rendimento foi de 56,8% e 52,6% no quarta. Enquanto em vacas foi de 7,7%. “Acreditamos que precisa continuar diminuindo.”
Ele confirmou que “não estão de acordo” com os controles efetuados pelo INAC em frigoríficos. O decreto responsabiliza o Instituto para garantir um processo que deve ser executada. “O controle deve ser permanente.”
A Federação quer “câmeras” para que todo o processo seja controlado entre as duas balanças. Villa disse que hoje um produtor recebe informações de rendimento três ou quatro dias depois e, se não for correta, não está dá mais tempo de reclamar. “Sabemos de casos específicos em que houve diferenças significativas de dressing em um mesmo abate.”
Ele explicou que o Instituto Nacional de Carnes só pode verificar irregularidades com base em uma “análise estatística”, portanto, “não possível fazer sanção”. O produtor disse que a Federação “está convencida de que os controles estão corretas, mas insuficientes para fornecer as garantias exigidas pelo decreto.”
Fonte: El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.