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Produzir menos carne e leite não resolve aquecimento

Reduzir o consumo de carne e leite não traz efeitos positivos na luta contra o aquecimento global, afirmou ontem o especialista em clima da Frank Mitloehner, da Universidade da Califórnia em Davis. "Quem sustenta essa teoria desvia a atenção da sociedade das verdadeiras causas das mudanças climáticas", disse, referindo-se à campanha liderada pelo ex-Beatle Paul McCartney, que sugere a adoção de hábitos vegetarianos.

Reduzir o consumo de carne não traz efeitos positivos na luta contra o aquecimento global, afirmou ontem o especialista em clima da Frank Mitloehner, da Universidade da Califórnia em Davis. “Quem sustenta essa teoria desvia a atenção da sociedade das verdadeiras causas das mudanças climáticas”, disse, referindo-se à campanha liderada pelo ex-Beatle Paul McCartney, que sugere a adoção de hábitos vegetarianos.

Mitloehner contestou dados das Nações Unidas que mostram que os rebanhos bovinos são responsáveis por 18% das emissões de CO2 na atmosfera. “Produzir menos carne e leite só levará mais fome aos países pobres”, disse.

No momento em que a ONU tenta reparar a credibilidade do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), após a detecção de erros em seus estudos e o vazamento de polêmicos e-mails. A diplomata Christiana Figueres, da Costa Rica, apresentou ontem sua candidatura à secretaria executiva da Convenção do Clima das Nações Unidas. Ela pleiteia o posto do atual negociador, Yvo de Boer, que deixa o cargo em 1.º de julho.

Christiana afirmou que o objetivo de sua candidatura é “devolver a confiança” à luta contra o aquecimento global.

A diplomata tem sido um dos nomes cotados para suceder Boer na chefia do clima. Ela possui mais de 15 anos de experiência na área e ocupou o posto de vice-presidente do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC).

“Teremos de ser inovadores para conseguir um acordo vinculante em Cancún, em dezembro”, disse ela, referindo-se à COP-16, que será realizada no México. Ela também prometeu atacar a atual crise de credibilidade que recaiu sobre os dados científicos do IPCC.

O Brasil manifestou apoio a outro nome, o sul-africano Marthinus van Schalkwyk. A Índia também propôs candidato.

A matéria é de Andrea Vialli, publicada no jornal O Estadao de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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