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Programa aumenta produtividade em RS

A natalidade média de terneiros em propriedades gaúchas de São Francisco de Paula aumentou de 45% para 75% em menos de dois anos e a idade de abate de novilhos diminuiu de 4,5 para 2,5 anos no mesmo período. Os resultados se devem ao Programa Regional de Melhoramento de Campo Nativo, implantado em 2000 e que hoje abrange 200 produtores e três mil hectares em São Francisco de Paula, Cambará do Sul, Bom Jesus, Jaquirana e São José dos Ausentes. O programa da Emater cria condições para que os produtores introduzam forrageiras em campos nativos e consigam melhorar a produtividade.

A produtividade média em São Francisco de Paula é de 150 quilos de carne por hectare, enquanto a média estadual é de 50 quilos por hectare. De acordo com o coordenador do programa, Luiz Gonzaga Messias, a média da região é de 30 quilos por hectare. Messias disse também que a meta do programa é aumentar a área de abrangência para oito mil hectares e o número de produtores para 800 nos próximos dois anos. Para isto, o coordenador afirma que é necessário criar parcerias. “Estamos buscando convênios com Estado, municípios e entidades. As verbas são de prefeituras e entidades de classe”, ressaltou.

O coordenador de pecuária da Emater de Caxias do Sul, Jaime Ries, disse que os recursos são usados para transportar os insumos aos agricultores e prestar assistência técnica. “O objetivo é melhorar a alimentação do gado, principalmente no inverno, através do plantio de forrageiras como trevo, cornichão, aveia e azevém”. Em cima do campo nativo é feito o plantio direto. Isto possibilita, segundo Ries, que o gado tenha alimentação também no inverno, período em que as pastagens com pouco valor nutritivo não possibilitam manutenção do peso dos animais, que chegam a pesar 30% menos.

Os técnicos da Emater também buscam parceria com a Epagri, entidade catarinense de assistência, para certificar a carne produzida na região. Como o planalto catarinense é semelhante aos Campos de Cima da Serra, a idéia é criar um selo único para identificar a carne de ambas as regiões.

Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint

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