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Programa vai beneficiar a qualidade do couro brasileiro

A Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), o Centro das Indústria de Curtumes do Brasil (CICB) e a Agência de Promoção de Exportações (Apex), ligada ao Ministério da Indústria e Comércio (Minc), estão visitando os frigoríficos baianos para divulgar o Programa Melhoria da Qualidade do Couro Cru. Hoje, às 11h, as equipes estarão no frigorífico Frimasa, na BR324 (antes do viaduto do CIA).

O programa visa a capacitar todos os elos da cadeia produtiva da matéria-prima couro para garantir maior qualidade e agregar valor ao produto brasileiro. O programa é composto de três módulos de capacitação voltados para o pecuarista, o frigorífico e a produção de caprinos e ovinos. Nesta primeira etapa, será abordado o tópico “frigorífico”. A Apex ministrará os cursos nas indústrias frigoríficas de Simões Filho, Feira de Santana, C.I.A, Inhambupe e Santo Antônio de Jesus.

Segundo dados da Apex, embora tenha um dos maiores rebanhos bovinos comerciais do mundo com 176 milhões de cabeças, a produção de couro de qualidade no Brasil ainda é deficiente. Os couros de qualidade não ultrapassam 30% do total de peles extraídas no país. Ainda de acordo com a Apex, as perdas alcançam cerca de R$ 55 milhões devido à falta de cuidado com o couro dos animais.

“A maioria dos problemas encontrados no couro brasileiro é resultado do manejo inadequado do animal desde o nascimento até a esfola. A boa notícia é que esses são problemas de fácil solução, pois dependem apenas de simples mudanças de comportamento”, diz o diretor de Pecuária da Seagri, Plínio Moura. Ele explica que o produtor pode contribuir para melhorar a qualidade do couro quando, por exemplo, evita marcas de fogo em locais inadequados, cercas de arames farpados e uso de cães no manejo. Já no transporte dos animais vivos, deve-se, segundo o diretor, tomar cuidados com os parafusos nas carrocerias dos caminhões e, no frigorífico, observar as ferramentas e a forma de manejo apropriados.

Os curtumes também são alvo do programa, pois são definitivos no processo de extração do couro. Por isso, o Sindicouro também faz parte dessa “força-tarefa”. “Precisamos atrair a atenção do pecuarista e, para isso, vamos mostrar que ele também é remunerado quando maneja adequadamente o seu gado, assim como o dono do frigorífico, quando age corretamente na extração da pele. O couro participa com 12% do preço da arroba do boi vivo”, diz o presidente do Sindicouro, Murilo Xavier.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Seagri, adaptado por Equipe BeefPoint

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