Os varejistas de alimentos e a indústria de carnes dos Estados Unidos na última sexta-feira concordaram em participar de um programa voluntário de rotulagem do país de origem se o Congresso anular a lei que determina isso.
O Congresso norte-americano está considerando um adiamento de dois anos na lei que exige rotulagem do país de origem de carnes, frutos do mar, frutas e vegetais a partir de 30 de setembro. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) estimou que o programa de rotulagem custaria para os produtores de alimentos dos EUA até US$ 3,9 bilhões em seu primeiro ano.
Os grupos comerciais que representam produtores de carnes e companhias como Coca-Cola, Kraft Foods e Nestlé disseram que esperam finalizar um programa de rotulagem voluntária nesta primavera. O USDA já tem um programa de rotulagem voluntária em funcionamento, mas os produtores de alimento não aderem ao programa.
“A atual lei é tão pesada que ninguém quer, em um uma base voluntária, tentar implementá-la em sua forma atual”, disse o presidente do Instituto de Marketing de Alimentos, Tim Hammonds.
Com o apoio de grupos de produtores e consumidores, o Congresso em 2002 determinou a lei da rotulagem como uma forma de distinguir os alimentos produzidos nos EUA dos de seus competidores.
Grupos de consumidores e legisladores do país tem pedido ao governo federal por uma ordem imediata federal exigindo a rotulagem do país de origem de carnes devido ao último caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”, descoberto em Washington em dezembro passado.
Os testes de DNA mostraram que o animal infectado nasceu no Canadá. Pelo programa obrigatório, somente bovinos nascidos, criados e abatidos nos EUA podem ser rotulados como 100% carne bovina dos EUA.
Fonte: Reuters (por Randy Fabi), adaptado por Equipe BeefPoint