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Programas de melhoramento aguardam etapas

Para o zootecnista Thiago Lopes Biscegli, que trabalha no Programa de Melhoramento Genético da Lagoa da Serra (Paint), com mais de 100 mil matrizes em avaliação, de mais de 130 fazendas parceiras, o Circuito Boi Verde Genética será importante porque, atualmente, o grande problema verificado depois que o boi sai da fazenda é a individualização de seus dados de produção. "O frigorífico passa dados de rendimento de carcaça do lote como um todo, e não de animal por animal. Os dados não são individualizados", explica Biscegli.

Para o zootecnista Thiago Lopes Biscegli, que trabalha no Programa de Melhoramento Genético da Lagoa da Serra (Paint), com mais de 100 mil matrizes em avaliação, de mais de 130 fazendas parceiras, o Circuito Boi Verde Genética será importante porque, atualmente, o grande problema verificado depois que o boi sai da fazenda é a individualização de seus dados de produção. “O frigorífico passa dados de rendimento de carcaça do lote como um todo, e não de animal por animal. Os dados não são individualizados”, explica Biscegli.

Ao individualizar estes dados, será possível analisar o potencial do pai em gerar prole padronizada e de acordo com a exigências do mercado por intermédio do filho abatido.

No programa da Lagoa, há a chamada Diferença Esperada de Progênie (DEP) para 17 características. “Não temos, porém, DEPs para características de carcaça, que são os dados obtidos do frigorífico”, diz Biscegli. “Creio que, com o Circuito Boi Verde Genética, será possível acrescentar pelo menos mais três características ao DEP”, diz ele, acrescentando que uma delas será a de padrão de carcaça.

Ponderal

Ainda conforme Biscegli, num programa de melhoramento genético, o desenvolvimento ponderal do animal é avaliado na desmama e entre 15 e 18 meses (no sobreano). “Analisamos touro, matriz, bezerro, compilamos todos estes dados e conseguimos, unindo a avaliação de campo, formar o ranking de touros”, explica.

“Todas essas informações já são possíveis de medir e avaliar. Já na parte da carcaça, após o abate, não temos dados”, continua. “Justamente por isso temos a intenção de nos integrar à ACNB no Circuito Boi Verde Genética para termos uma medição detalhada no frigorífico.”

Segundo Guilherme Alves, da ACNB, a associação vem conversando com o setor de melhoramento genético para divulgar a idéia do Circuito Genética. “Não são todos os pecuaristas que têm controle rígido dos animais a ponto de saber com certeza quais são os reprodutores que os geraram”, diz Alves. “Se o pecuarista fizer estação de monta e inseminação artificial fica mais fácil identificá-los.”

Criador obtém informações

O pecuarista vencedor do Circuito Boi Verde do ano passado, André Ribeiro Bartocci, que produz, para abate, 3.500 bovinos por ano, no município de Caarapó (MS), diz que uma das vantagens de participar do circuito é a oportunidade de mensurar a qualidade dos animais de corte que a fazenda produz. “Independentemente de ganhar a prova ou não, tiramos dados importantes, analisamos o que o mercado e o consumidor estão querendo”, diz.

Em Caarapó, os bovinos são criados 100% a pasto e o lote ganhador, abatido em Nova Andradina (MS), no Frigorífico Independência, “foi uma amostra do rebanho”, diz Bartocci. “Não criamos lotes separados exclusivamente para participar do Circuito Boi Verde”, diz.

Ganhar a prova foi mais uma prova do bom padrão do gado criado por Bartocci. “Mais uma prova porque eu já negocio meu rebanho com um frigorífico que me paga um adicional pela qualidade e padronização da carcaça, além de um adicional pela qualidade do couro”, diz.

Fonte: jornal O Estado de S. Paulo/Assessoria de comunicação da ACNB (ContatoCom > Comunicação Integrada)

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