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Províncias argentinas se unem contra a aftosa

Quatro províncias produtoras de gado da Argentina elaboraram um projeto separado do restante do país contra a febre aftosa, doença que já gerou não somente uma enorme queda nas vendas de carne, como também, o fechamento de importantes mercados em todo o mundo.

Córdoba, Santa Fé, Buenos Aires e Entre Rios, lançarão o projeto de regionalização da luta contra a aftosa, que, somente em Córdoba, em plena crise da doença, gerou uma queda de vendas externas de mais de US$ 60 milhões em 2000, até um mínimo de US$ 25 milhões em 2002.

O modelo “regional” de luta contra a aftosa a ser implementado é similar ao colocado em marcha no Brasil e na região da Patagônia na Argentina. Neste modelo, a União Européia (UE), principal comprador de carnes argentinas, reconhece a cada Estado provincial como único responsável pelo que ocorre dentro de seus limites estaduais.

Objetivos

O que estas províncias buscam é não somente a autorização e o reconhecimento europeu, mas também, criar um pólo que busque se incorporar às demais províncias da região para gerar uma barreira sanitária, adicionada a um programa de rastreabilidade total.

O secretário da Agricultura e Pecuária da província de Córdoba, Carlos Presas, entidade impulsionadora do projeto, disse que o mesmo ainda não teve a aprovação da Secretaria da Agricultura nacional, mas afirmou: “A regionalização é tão necessária, que não podemos permitir que um pequeno descuido de produtores prejudique a totalidade e o desenvolvimento do setor, por isso, creio que não vou ter oposição”.
“O que se pretende é marcar uma regionalização de Estado, que seja também física e de controle conjunto, e elaborar um projeto para ser apresentado em Bruxelas, para sua aprovação e pós-implementação, sem gerar gastos significativos para os produtores ou para o governo da Província”. Córdoba, província representada por Carlos Presas, atualmente discute a implementação do Primeiro Programa de Rastreabilidade Total no país “requisito que seria o próximo pedido não somente da UE, mas também, dos principais compradores, como os EUA”, completa.

O objetivo dessa região central será evitar a entrada de doenças ou pragas prejudiciais para a produção pecuária e fiscalizar a qualidade sanitária dos produtos de origem animal. Para isso, as províncias deverão decidir como coordenar os postos de controle terrestre e ferroviário, patrulhas e outras barreiras.

Ainda não está definido que mecanismo será utilizado pelas províncias, ou seja, se cada uma administrará seu próprio sistema ou se será criada uma instituição regional encarregada de coordenar toda a logística de vigilância e controle.

“As fronteiras não necessariamente podem coincidir com os limites geográficos, mas, se buscará um registro único de monitoramento da entrada de mercadorias de outras províncias, onde participariam conjuntamente com a Polícia e outros órgãos oficiais de pecuária das províncias em questão”, explica Presas.

“O que vamos poder afirmar para a Europa é a segurança de que a carne dessa região tem um estrito controle, além de conseguir um diferencial de preço no exterior, o que não teríamos hoje, com uma Argentina total ou com o Mercosul total”, conclui.

Fonte: Infobae, adaptado por equipe BeefPoint

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