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18 de junho de 2007

Público poderá conferir exposição e palestras sobre a raça japonesa Wagyu e ainda desfrutar o sabor de sua carne

A 13ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte 2007), o maior evento indoor da pecuária de corte na América Latina, que será realizada entre os dias 19 e 23 de junho, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, contará com uma presença de peso: a raça Wagyu, originária no Japão e cobiçada por produzir uma das carnes mais suculentas e caras do mundo.

A 13ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne (Feicorte 2007), o maior evento indoor da pecuária de corte na América Latina, que será realizada entre os dias 19 e 23 de junho, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, contará com uma presença de peso: a raça Wagyu, originária no Japão e cobiçada por produzir uma das carnes mais suculentas e caras do mundo.

Essa nobre característica deve-se a existência de finas camadas de gordura no meio do músculo, ao que se dá o nome de marmoreio. Quanto maior for a quantidade, maior a qualidade do produto. No instante do preparo, quando esta gordura se mistura à carne, obtêm-se bifes com sabor e maciez incomparáveis.

Para completar os diferenciais, a raça Wagyu possui menos colesterol do que as outras carnes bovinas, já que ela possui ácido oléico, o mesmo dos azeites de oliva. O produto é também conhecido como Kobe Beef, referência à cidade japonesa de Kobe, onde estão as criações pioneiras e mais famosas do bovino.

Durante a realização da Feicorte 2007, os presentes poderão aprender tudo sobre a raça. Para o dia 21, está programada uma exposição, um simpósio com especialistas do Japão, Estados Unidos e Chile e um leilão – o primeiro da raça a ser realizado no Brasil, com oferta em torno de 45 animais.

Além disso, a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu e o Grupo Rubaiyat vão montar um restaurante para mostrar o motivo pelo qual esta carne é considerada a mais nobre do mundo. “Vamos mostrar ao público a qualidade, a maciez e o sabor da carne do Wagyu”, afirma Belarmino Fernandez Iglesias, dono dos restaurantes Rubaiyat e criador da raça no Brasil. Diariamente, os estabelecimentos do grupo consomem cerca de 100kg do produto.

De acordo com Rogério Satoru Uenishi, Superintendente de Registro da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Wagyu, o objetivo da entidade é realizar a promoção da raça no Brasil e torná-la cada vez mais acessível nos restaurantes brasileiros.

A mesma visão é compartilhada por Sadao Iizaki, presidente da entidade, que ressalta que a associação está promovendo o aperfeiçoamento do Wagyu para adequá-lo dentro das condições brasileiras. “As ações realizadas em renomados restaurantes de São Paulo, como o Rubaiyat, fazem parte dos nossos esforços para a divulgação da carne marmorizada desta raça”, destaca Sadao.

A raça Wagyu chegou ao Brasil em 1992 e, atualmente, existem 11 mil cabeças, entre animais puros e cruzados. Elas estão concentradas, principalmente, em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. No total, já existem mais de 30 criadores de Wagyu no País.

Como tudo começou – A raça Wagyu é proveniente da região de Hyogo, onde se localiza a cidade de Kobe, no Japão. Após a Revolução Meiji, em 1868, o governo incentivou a importação de raças européias para o cruzamento com o rebanho local, que até então era somente utilizado para fornecer tração para o cultivo de arroz. A partir daí, uma grande variedade de raças surgiu, inclusive a Wagyu.

Aos poucos, os japoneses descobriram as características de sua carne e desenvolveram métodos para potencializar suas qualidades. Lá, os animais são alimentados com aveia e cerveja, recebem massagens diárias para relaxar os músculos e, em caso de dor, são tratados com acupuntura. Em algumas fazendas, toca-se música clássica e os massagistas usam saquê para deixar o pêlo brilhante. No Brasil, essas práticas estão em fase de experimentação. Para mais informações favor preencher o formulário abaixo.

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