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Puccinelli defende sobretaxa a produtos europeus

O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), defende que o Brasil pressione a União Européia (UE) a voltar a importar carne bovina brasileira, sobretaxando produtos provenientes do bloco europeu.

O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), defende que o Brasil pressione a União Européia (UE) a voltar a importar carne bovina brasileira, sobretaxando produtos provenientes do bloco europeu.

“Vamos levantar a nossa voz e, em último caso, se briga. Aumenta a alíquota de produtos que porventura importemos destes países e vejamos o que acontece. Coloca uma sobretaxa de 100%, 150% sobre os produtos que vêm da Inglaterra, Holanda, Irlanda e dos outros países da União Européia”, defendeu Puccinelli, após audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

“Nós somos independentes e vamos tratar de dialogar de forma comercial na mesma estatura e no mesmo tamanho. Tem produtos que a comunidade européia traz para o Brasil? Tem. Importa? Importa. Vamos ver quais e vamos sancionar. Quero ver se demora muito esse embargo”, afirmou.

As informações são da Agência Brasil.

0 Comments

  1. Rodrigo Netto disse:

    Acredito que o conflito não deveria ser levado para o campo da retaliação por parte do governo brasileiro, quando se pode argumentar tecnicamente e sobretodo quando se pode notar que a falta do produto brasileiro forcou o aumento dos preços pagos pelos importadores europeus.

    O trabalho do governo brasileiro foi fraco ao implementar a rastreabilidade, tendo em vista que nunca ficou claro quem deveria arcar com este custo, o pecuarista por muito tempo teve a opção de vender gado rastreado e não-rastreado. Mas além de ser uma exigência da UE ,o governo deve considerar a pecuária brasileira como um importantante ativo, fonte de trabalho e importante item da balança comercial.

    Lenvando estes argumentos em consideração, deveria arcar com o custo da rastreabilidade e exigir que todo o gado fosse rastreado. Um bom exemplo de implementação da rastreabilidade é o nosso vizinho Uruguai, que já começou desde 2006 a rastrear todos os animais nascidos.

    Mesmo com uma culpa parcial do governo e de alguns agentes da cadeia produtiva a reação da UE foi desproporcional. O Brasil exporta carne para este mercado há décadas e até agora não houve nenhum registro de que por alguma falta dos serviços de inspeção nacional o Brasil ofereceu algum risco ao rebanho ou aos consumidores daquela região. Quando na verdade, quem traz um histórico bastante relevante e a Grã Bretanha, que há algum tempo tem dificultado a entrada do produto brasileiro e jogado como um importante opositor em Bruxelas, desqualificando a carne brasileira.

    Além disso não é do interesse da UE, neste momento de crise, ter um aumento no preço dos alimentos uma vez que quase todas as economias sofrem pressões inflacionárias. Medidas como essas que distorcem o comércio interncional vão contra a Rodada de Doha e afetam a grande maioria da sociedade européia que teria acesso a um produto de qualidade a baixo custo.

    Desta vez não devemos reacionar como o governador do Mato Grosso do Sul e sim provar que não só somos capazes de produzir carne de qualidade, mas tambem de negociar em cima de argumetos técnicos para de uma vez derrubar o protencionismo.

  2. Lauro Klas Junior disse:

    É bom ver um político assumindo a defesa do produtor.
    Não sei se esta é a melhor forma de reagir ao embargo, mas os orgãos competentes têm que agir e rapidamente, para que as coisas não se acomodem como estão.

    Nestas horas é que precisamos dos políticos, defendendo os interesses dos brasileiros e do país e não os seus particulares.

    Parabéns Puccinelli.

  3. Carlos Alberto Anastacio Filho disse:

    Até que enfim, uma luz na escuridão, pensei que não mais existisse testosterona no sangue se nossos governantes (lembrem-se do nosso recente fiasco frente à Bolívia, a seguir, frente à Venezuela, e em breve, ao Paraguai…)!

    Mais uma vez o Dr André dá o recado que todos os sulmatogrossenses queriam, afinal, quem precisa da CE para vender carne de boi?

    Que tal uma sobretaxa de 150% sobre o que?
    Exatamente o que, importamos da insignificante Irlanda?

  4. Adimar Leonel Souto disse:

    O artigo anterior deixa claro que no entendimento do escritor o que esta ocorrendo com o produto brasileiro é uma perseguição para satisfazer interesses direcionados, e sendo assim, perdeu-se o senso de comércio responsável e neste caso a sugestão apresentada poderá surtir efeito. Porém entendemos que seria viável um estudo mais aprofundado em termos de números e viabilidade comercial mútua para que se encontre respaldo para uma tomada de decisão que de fato contribua para o processo.

  5. Gladston Machareth disse:

    Certíssimo o governador.

  6. Breno Augusto de Oliveira disse:

    Também concordo com o sr. Puccinelli. Devemos sobretaxar produtos, empresas aqui sediadas, serviços e outros da UE. E também aprender, praticar a organização e força política como tem feito os trapalhões pecuaristas europeus.

    Pois este pessoal recebe anualmente mais de R$ 1000/cabeça de subsídio público e produzem carne bovina com alto risco de segurança alimentar e nutricional aos consumidores (BSE), mesmo assim conseguem parar a importação deste excelente alimento que a carne bovina brasileira.

    Existem muitas limitações na cadeia produtiva bovina nacional, a maior que constato é a grande desunião dos elos produtivos (indústria detonando produtores, redes de hipermercados massacrando indústrias e produtores desunidos) e o consumidor sempre pagando mais caro por produtos que alternam diariamente sua qualidade.

  7. alexandre soares de carvalho disse:

    Precisamos chacoalhar a traia e perder a característica de colônia.

    Não devemos partir para a agressão e sim jogarmos com a mesma moeda. Basta essa comodidade de escutarmos e abaixarmos a cabeça, ou será que deveremos sofrer com o boi as mesmas conseqüências sofridas pela empresa petrolífera nacional?

  8. Jorge Humberto Toldo disse:

    Só poderia vir de onde veio mesmo, o Dr. André deveria estar na presidência do país ao invés daqueles bolhas que lá estão. Conheço muito bem o André Puccinelli desde a prefeitura de Campo Grande, ele é assim mesmo.

    Digo mais, além de sobretaxar os produtos europeus, principalmente do Reino Unido, é a hora exata dos produtores acabarem de vez com o brinco do boi, segue sim com a certificação da fazenda tendo um técnico responsável por isso, mas brinco na orelha do boi nunca mais!

    Não passa de 90 dias e os europeus vem comprar nossa carne novamente. É simples, eles não tem outra boa e barata igual a nossa. Se não vierem tem muita gente mundo a fora que come carne, o Brasil não vai quebrar por conta disso.

    Parabéns Dr. André, sobretaxa neles!

    É a hora dos brasileiros deixarem de ser colônia e impor seu potencial produtivo.