Ontem fizemos uma rápida enquete via Twitter, a pergunta foi a seguinte: "qual sua expectativa de gado confinado em 2011 (% sobre 2010)?" Veja algumas opiniões interessantes.
Ontem fizemos uma rápida enquete via Twitter, a pergunta foi a seguinte: “qual sua expectativa de gado confinado em 2011 (% sobre 2010)?” Veja algumas opiniões interessantes abaixo e também nos envie seus comentários:
Leonardo Alencar acredita que deve ocorrer um aumento no volume confinado em relação a 2010 na faixa de 5% a 10%, “mas não é um movimento homogêneo com queda em alguns Estados”.
“De acordo com pesquisa entre clientes confinadores estimamos 10% de alta em relação a 2010. Nem beira a queda de 20% em 2010”, comentou Lygia Pimentel.
Para Diogo Castilho, é muito difícil alcançar os números de 2009. “Ainda mais com preço de grãos muito mais altos”. “Deve crescer 10%, o que é muito pouco. O consumo interno, aumenta 300.000 toneladas equivalente carcaça ano. Só o crescimento vegetativo populacional aumenta o consumo em 200.000 toneladas equivalente carcaça ano. E temos o crescimento econômico para adicionar aos números”, enfatizou Castilho.
Roberto Barcellos comentou que ainda tem dúvidas se o volume de animais confinados vai mesmo aumentar este ano, “mas o pessoal está respondendo com muita segurança que vai aumentar”.
Breno Maia avalia que os confinamentos este ano serão menores que em 2009 e 2010. “Ou seja, minha expectativa é de estável a queda no volume”.
Para Gustavo Figueiredo o número deve ser maior também. “Porém se for pensar bem deveria diminuir. Acho que vai subir devido à entrada de oportunistas olhando o ano anterior e não fazendo conta, mas se todos calcularem na ponta do lápis, deveria cair”. “Os menores confinamentos devem parar e os grandes confinarão com um volume maior. Resta saber se o maior volume dos grandes confinadores irá aumentar o volume total em relação a 2010”. Segundo ele em Goiás existem vários confinadores que não irão fechar boi em 2011. “Reposição mesmo preço de SP e a arroba recebida em torno de R$ 95,00 (bem abaixo de SP)”.
Barcellos completou dizendo que “quem vai aumentar os volumes são os frigoríficos, pois bobearam no ano passado. Em 2010 ouvi de um diretor de frigorífico que 2 corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço. Traduzindo, eles não queriam confinar, pois viam que os frigoríficos concorrentes iriam confinar e achavam que o pecuarista teria dificuldade de escalar naquele frigorífico e esses bois viriam sem nenhum esforço para ele. Que inocência!”
“Concordo, quem está aumentando o volume (pelo menos tentando) são os frigoríficos”, opinou Fábio Dias.
“Pelos números espera-se queda. Mas as vezes temos que esquecer os números e sentir o mercado. Minha opinião é alta de 15 a 20%”, ressaltou Otávio Juliato.
Segundo Fabiano Tito Rosa, o volume de animais confinados aumenta esse ano e proporcionalmente mais em estados não tradicionais na atividade, como Rondônia (novas áreas de expansão agrícola). “Não apostaria na saída dos pequenos, recentemente em RO conversei com muitos pecuaristas que estão querendo “experimentar” confinar 100, 200 ou 300 bois”.
“No Encontro de Confinamento deste ano (evento Scot e Coan) a maioria informava aumentar ou manter, independentemente do tamanho, mas como muitos colocaram, o tombo do ano passado foi muito grande. teria que ser um aumento recorde este ano para corrigir”, completou Tito Rosa.
“Isso é relativo. Ninguém gosta de confessar que o seu é menor que o do vizinho, em todos os sentidos”, completou Roberto Barcellos.
Gustavo Garcia lembrou que no inicio de 2010 falavam em aumento. “Em Maio já se falava que seria igual a 2009. No final caiu 30-40%. Esse ano o custo está 40% mais alto”.
Miguel da Rocha Cavalcanti acredita que o confinamento este ano vai ser maior que em 2010. “Algo em torno de 5-10% a mais. Muito bom ouvir mais opiniões. Entendo que o principal motivo da percepção de aumento do confinamento em 2011 é que os custos em abril de 2011 versus as perspectivas de preços para outubro de 2011 estão melhores que a mesma comparação no início do ano passado”.
“Para mim o volume vai se manter bem próximo do ano de 2010”, aponta Giuliano Benez.
Para José Guedes deve aumentar, “mas não voltará aos níveis de 2009”.
“Aqui em Goiânia, se o boi magro continuar nesses preços e o futuro não der preço. Pecuarista vai confinar só o que tem na fazenda, não vai comprar nesses preços para tomar prejuízo. Por isso concordo com o Gustavo Figueiredo e o DiogoCastilho, acho que aumenta 5%, mas ainda fica bem longe de 2009”, comentou Ricardo Heise.
Marcos Baruselli, da Tortuga comentou que acredita que o confinamento deve se manter igual em número de cabeças. “Tenho girado os estados de SP, PR e MS nos últimos 20 dias abordando o tema confinamento em simpósios, eventos, reuniões com nossa equipe e também com produtores/confinadores. Realizamos eventos em Araçatuba/SP (V Simposio de confinamento em 29/03) onde estiveram 120 confinadores. Em Ribeirão Preto/SP (01/04) com 80 confinadores, em Cascavel/PR com 70 confinadores e em Pato Branco/PR com 40 confinadores. A impressão que fica é que o custo de produção da arroba em confinamento, embora alto em relação ao ano passado, ainda é vantagem, uma vez que a arroba está muito valorizada, e o beneficio (receita) cobre os custos e ainda deixa lucro. Isto desperta interesse em confinar. Porém, notamos que um dos gargalos do confinador em 2011 é a baixa oferta de boi magro, associado ao alto preço do boi magro. Ontem à noite em Londrina/PR, num leilão, vi bezerros Angus de cerca de 8 arrobas sendo vendidos por R$ 1.000,00 à R$ 1.100,00”.
“Os preços dos grãos estão bastantes aquecidos, deverá ter um aumento muito pequeno, em alguns casos, dependendo da praça de aquisição do elementos que compõe a dieta”, comentou Alfredo Teixeira Louzeiro Filho.
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O Boi magro continua com preços acima da média , os grãos continuam com preços e demanda aquecidas .É natural que menos animais sejam fechados novamente este ano , como no ano passado , veremos que o número de animais confinados não serão suficientes para influenciar o preço do Boi gordo.
Minha impressão, não fundamentada, é que haverá ligeiro crescimento no nº de animais confinados.
Ano passado foi bom para quem confinou e isto pesa no animo e na decisão. Em 2009 se perdeu dinheiro e houve redução em 2010, Em 2010 se ganhou dinheiro e acho que veremos uma ampliação no numero de animais confinados.
Além disto grandes frigoríficos estão ampliando a atuação no setor. E para pecuaristas tradicionais uma coisa que aprendi é que uma vez que vc acelera a engorda é muito dificil tirar o pé. Se fizer isto terá uma redução de receita acentuada no ano da freada.
Por último o mercado interno esta aquecido e deve sustentar os preços da carne. E nestes patamares memso com grãos caros a atividade é viável.
Pelo volume de negocios que estamos fechando na área de insumos,no Estado de São Paulo com certeza haverá acrescimo,todos clientes do ano passado estão com o mesmo volume ou maior.Os subprodutos do algodão estão com preços melhores que em 2010, e a polpa citrica parece-nos no fechamento de contratos futuros não será o “bicho papão” que esperavamos em virtude dos preços elevados do milho.Arroba firme e sabendo negociar,com certeza teremos um bom ano.Nas nossas estaticas quando a arroba esta com bons preços ,o resultado também vem,mesmo com cocho mais caro.
Creio que o ponto marcante do negócio de confinamento neste ano de 2011 deverá estar totalmente relacionado com o processo de planejamento da atividade. Não creio que os confinadores correrão muito risco de preços este ano. Tudo indica que, neste aspecto, será um dos anos mais firmes. Não obstante, acredito que o segredo do sucesso do negócio estará relacionado, basicamente, a dois assuntos principais. Primeiramente, o confinador deverá determinar com precisão o ponto de equilíbrio do seu confinamento, com a finalidade de não correr o risco de trabalhar com um volume de animais que seja insuficiente para colocá-lo na área de lucro do seu negócio. Em segundo lugar, deverá ficar atento com o comportamento do mercado futuro, mas cuidar para não cair na tentação de realizar as operações de hedge, nos patamares em que os preço ainda se encontram, por mais interessante que isso possa lhe parecer. Afinal os preços estão tão inesperadamente firmes na casa dos R$104,00 que tudo indica que manterão novamente os patamares do ano passado ou atingirão, até mesmo, níveis superiores. Portanto, podem aguardar, com confiaça, os movimentos de alta para o final do ano e inciciar os fechamentos, no mínimo, na casa dos R$110,00.
Um outro tópico que seria interessante discutir, está relacionado com os custos do confinamento. Os patamares de preço da arroba podem, no fundo, conduzir o produtor para uma verdadeira armadilha. Se o custo/dia do animal confinado estiver situado, este ano, entre R$5,00 a R$5,50 – como tenho ouvido falar, os ganhos médios diários de peso deverão ser consideravelmente altos para que o negócio seja interessante. Nestes patamares de custo e com um rendimento de carcaça de 52,0%, um rendimento médio de 1,5 kg/dia resultará num custo da arroba produzida situado entre R$96,15 e R$105,77 respectivamente. Com um preço de mercado, no momento da realização da operação de hedge ou no momento do abate dos animais, abaixo desses níveis, fará com que o animal consuma, como custo, parte do peso de entrada no confinamento, o que não é nada interessante, por mais que possam algumas teses serem defendidas no sentido contrário. Nesta linha de raciocínio, uma engorda na casa das 1.800 grs/dia, diminuiria o custo da arroba produzida para um patamar situado entre R$80,13 e R$88,14 – respeitavelmente mais interessantes que aquele estimado para a engorda de 1.500 grs/dia. Portanto, cuidado.
Acredito que o volume equivalente carcaça deve-se estabilizar, sem aumentos, pois a retenção de fêmeas está alta com abates abaixo dos 10%.
Acredito que o volume de animais e volume de carne deve se manter estável visto que os custos para este ano está um pouco elevado (milho 21,00/sc – caroço 290,00/ton e núcleo em torno de 1.500,00/ton), porém acredito que o confinamento ainda seja uma ferramenta que possa auxiliar quem já tem os bois magros para colocar no cocho ou então consiga comprar os animais a um preço razoável, o que acho difícil de ocorrer, pois a oferta desse tipo de animal tem sido muito pouca. O negócio é fazer conta do custo da @ produzida e verificar a viabilidade de cada negócio.
Olhando de forma regional, os confinamentos devem diminuir, pois os residuos caros a reposicao com dificuldade em termos de quantidade e preco, acredito que sera simplismente confinado os animais que ja estiverem dentro da porteira.
Estamos enxergando o mercado somente de forma regional, mas com o valor do grao alto, boi magro praticamente acima do gordo, reposicoes de desmama girando em torno de R$ 140/@ e duvida que os frigorificos tem nos repassado, quanto ao pagamento. Creio que o confinamento sera somente do animais ja existente dentro da porteira, creio que no maximo empatar com ano 2010
Aumenta algo em torno de 10% em relação à 2010, o que não é nenhuma “brastemp”, até mesmo porque a base é pequena demais…