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Qual custo de produção e margem da pecuária de corte em 2014 e 2015?

Qual custo de produção e margem da pecuária de corte em 2014 e 2015? Acompanhe o último relatório do IMEA, do MT, sobre isso. Comente no final do artigo, seu custo é mais alto ou mais baixo do que o do estudo?

Engorda custosa

Como se sabe, os preços da reposição apresentaram alta expressiva em 2014, sobretudo no preço do bezerro. Em 2014, o bezerro de ano registrou elevação de 38,04% e fechou o segundo semestre em R$ 1.049,46/cab. De acordo com os dados do Imea, o custo operacional total (COT) da engorda de bovinos no segundo semestre de 2014 foi de R$ 101,58/@, e a reposição de animais representou a maior fatia, 60,79% do total.

Por outro lado, o preço médio da arroba cotada pelo Imea no mesmo período foi de R$ 116,72, ou seja, uma margem líquida de R$ 15,22/@, o que representa um lucro de R$ 257,38/cab (considerando um animal de 17 arrobas).

Esta boa margem configura um ótimo cenário para a bovinocultura do Estado, porém trata-se de uma recuperação da lucratividade da mesma, tendo em vista que os anos anteriores foram de margens apertadas ou mesmo negativas. Sendo assim, é preciso ficar de olho, pois a margem é boa, mas o custo ainda é alto.

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A arroba do boi gordo segue com preços firmes apresentando variação positiva de 0,06%, assim como o preço da arroba da vaca gorda, com valorização de 0,14%.

O mercado futuro fechou a semana com valorização tanto para fev/15 quanto para mai/15, com elevações de 0,69% e 0,55%, respectivamente.

O diferencial de base de preços SP-MT apresenta leve alta de 0,28 p.p., se aproximando da casa dos 10%.

Todos os sistemas de produção da bovinocultura de corte mato-grossense apresentaram alta em seus custos, sendo a engorda a mais impactada.

CUSTOS MAIS ELEVADOS

O custo da engorda no Estado de Mato Grosso apresentou alta de 9,36% no segundo semestre de 2014, de acordo com o último levantamento de custo de produção do Imea.

Isso aconteceu mesmo com a redução de grande parte dos custos, como com a alimentação, que retraiu 23,22%. Este gasto, que leva em consideração a compra de insumos para pastagem e suplementação, represen- tou 16,04% dos custos totais.

Já a elevação de 24,22% com a aquisição de animais alavancou o custo, pois representa grande parte dele. Dentre a elevação dos custos fixos, o custo da terra foi o que mais impactou, já que seu cálculo é indexado ao arrendamento da terra, que aumentou considera- velmente.

Sendo assim, com o mercado cada vez mais exi- gente e competitivo, o controle de custos deve se tornar rotina, tendo em vista sua importância no gerenciamento da propriedade e sua orientação na tomada de decisões, visan- do ao máximo lucro.

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Observações:

8 – Considera-se para o cálculo do equivalente físico do boi gordo um animal de 17 arrobas ou 255 quilogramas de carcaça; 49% do peso advém do traseiro com osso, 39% do dianteiro com osso e 12% da ponta de agulha, todos os cortes com osso no atacado.

9 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo os pesos dos cortes cárneos com osso e o peso do couro e sebo obtido no abate de um bovino.

10 – Consideram-se para o cálculo equivalente físico do boi gordo + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos com osso no atacado, o peso do couro e sebo e os pesos dos subprodutos da indústria.

11 – Consideram-se para o cálculo equivalente dos cortes desossados + couro/sebo + subprodutos o peso dos cortes cárneos desossados no atacado, o peso do couro e sebo e o peso dos subprodutos da indústria.

12 – Para o cálculo da relação de troca entre o boi gordo e o bezerro de 12 meses considera-se um boi gordo de 17 arrobas.

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Comente no final do artigo, seu custo é mais alto ou mais baixo do que o do estudo?

Fonte: Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea).

5 Comments

  1. Janete Zerwes disse:

    Olá Miguel,

    Nesse artigo, vejo que foram considerados os custos médios da @ para engorde bovino.
    Você tem referências médias para o custos da @ no sistema de cria, recria e engorde para o criador?

    Abraço,
    Janete Zerwes

    • Miguel da Rocha Cavalcanti disse:

      Olá Janete, estamos levantando essa informação em outro artigo. Muito obrigado. Abraços, Miguel

  2. Clemens Barbosa de N. Jr. disse:

    Boa tarde.
    Envergonho-me, mas não tenho e nem consigo dimensionar o valor do custo de produção e a margem que remunera a minha criação de bovinos.
    Tenho que mudar.!!!!

  3. paulo lazzarini ramos disse:

    A cada dia tenho certeza absoluta do potencial desde pais como celeiro do mundo e não temos logistica e muito menos um plano para o futuro consistente para o aumento populacional mundial q certamente aumentara a demanda por alimentos , é incomsebivel tanto potencial sendo por vezes subestimado pelos politicos que são um cancer neste pais e infelizmente estão no poder então cabe a quem do agronegocio se sustenta aumentar a capacidade de produçao sem depender diretamente desdes politicos que conseguiram quebrar uma PETROBRAS , pela ganancia será que milhoes já não bastaria mas não tinham que ser bilhões e certamente isso foi muito maior do que se divulga

  4. luiz roberto zillo disse:

    Miguel, referindo ao quadro relação de troca bezerro X boi gordo, gostaria de perguntar qual seria uma relação em que os 2 lados estariam no ganha X ganha, é possível que isso ocorra ? Ou depende de região pra região ?
    Obrigado, grande abraço.
    Beto Zillo.