Em pouco mais de 2 horas do início da segunda assembleia geral de credores - realizada ontem (12), 93,36% dos credores de todas as Classes votaram pela sua suspensão. A quarta tentativa de acordo foi transferida para o dia 3 de dezembro. "O frigorífico chegou à assembleia com uma nova proposta, o que gerou uma forte reação dos presentes, principalmente dos bancos, pois ninguém tem total autonomia para votar um texto que não conhece", disse o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso - Acrimat, Armando Biancardini Candia.
Em pouco mais de 2 horas do início da segunda assembleia geral de credores – AGC – do frigorífico Quatro Marcos, realizada ontem (12), na cidade de Jandira- SP, às 11 horas, 93,36% dos credores de todas as Classes (Classe I – Trabalhistas; Classe II – Garantia Real; Classe III – Quirografários – onde estão os pecuaristas) votaram pela sua suspensão. A quarta tentativa de acordo foi transferida para o dia 3 de dezembro, às 11 horas, no Centro Comercial Alphaville, no município de Barueri – SP. “O frigorífico chegou à assembleia com uma nova proposta, o que gerou uma forte reação dos presentes, principalmente dos bancos, pois ninguém tem total autonomia para votar um texto que não conhece”, disse o assessor jurídico da Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat, Armando Biancardini Candia.
Os pontos mais alterados pelo Quatro Marcos, que dizem respeito aos pecuaristas, foi a aceitação por parte do frigorífico de pagamento de correção da dívida pela taxa Selic a partir da data aprovação do Plano de Recuperação Judicial; a diminuição do tempo de carência, que a princípio era de 12 meses, para julho de 2010. “Apesar dos avanços em alguns pontos solicitados pelos pecuaristas, temos ainda muito o que conversar. Esperamos que os diretores e sócios do Quatro Marcos aproveitem esses próximos dias para refletir e ajustar as propostas que precisam ser revistas e com isso possam retornar suas atividades comerciais”, disse o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
Os pecuaristas dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e São Paulo, se uniram e apresentaram os pontos que querem que sejam alterados. Entre eles, que a carência para o início de pagamento das 12 parcelas seja março de 2010 e não julho como eles propuseram; que a correção pela taxa Selic seja retroativa a 6 de janeiro de 2009, quando foi homologado o pedido de Recuperação Judicial do Quatro Marcos e não a partir da aprovação do Plano na AGC; que a empresa e seus respectivos sócios sejam responsabilizados dentro do processo; que o frigorífico não tenha liberdade de vender os ativos da empresa e de fazer novos empréstimos para ampliar a estrutura; que no caso do descumprimento do Plano seja decretada a falência do Quatro Marcos. “Ficou definido que o frigorífico irá disponibilizar o novo Plano no próximo dia 30 de novembro em seu site e a partir daí vamos analisar cada ponto da nova proposta”, disse o advogado Jefferson Fernandes Beato, que advoga para diversos pecuaristas credores do Quatro Marcos de Mato Grosso.
Não houve avanço nas negociações entre os 70 produtores de Mato Grosso dos municípios de Colíder e Alta Floresta, e o frigorífico do Quatro Marcos. Assim, a ameaça de bloquear a entrada de boi em pé a partir de domingo, dia 15 de novembro, na unidade de abate de Alta Floresta, continua. “Queremos uma proposta aceitável de pagamento da dívida de R$ 7 milhões de reais, pois desde que a planta foi arrendada para o grupo JBS-Friboi , ninguém mais tocou nesse assunto. Vamos parar o frigorífico se não nos apresentarem uma proposta até o final da tarde de amanhã (13)”, disse o produtor Moises Prado dos Santos.
As informações são da Acrimat, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Nós pecuaristas não sabemos a força que temos, somos bois, mas não de boiada, tangidos e manejados de acordo com a vontade do boiadeiro, este sabe onde o “boi trupica”, (os grandes grupos frigoríficos).
Aparta-nos de forma individual para facilitar o manejo.
O próprio boi nao sabe a força que tem , porém instintivamente sabe se defender, ao menor sinal de perigo, aglomeram-se formando uma grande massa compacta que é a boiada, dissoadindo o predador de seu intento.
Mas a racionalidade nos fez perder esse instinto, infelizmente.
Depois de muitos de nós abatidos é que tentamos nos reunir, tarde demais!
Não cosigo entender por mais que me esforço esta ” história ” de quebra/falência de frigorificos, analisemos: os empresários do setor tem a sua disposição as mais facilitadas linhas de créditos por serem considerados geradores de empregos e divisas. Compram os animais pagando apenas o peso relativo à carne líquida, e sabemos que no frigorífico não se perde nada apenas o berro do animal, quando não é gravado e usado em algum comercial ou novela,pelo que sabemos os funcionários são pagos pelo valor normal de mercado, possuem facilidades como horario verde ( denanda contratada ) para consumo de energia etc. Porque ocorre as falências? Será que elas são verídicas ou programadas? Penso que se a nossa justiça atentassem mais profundamente para as causas destes descontroles financeiros, punindo exemplarmente os responsáveis pelos grandes rombos financeiros, teria uma grande chançe de diminuir muito ou até mesmo eliminar estes acontecimentos, o que traria grandes benefícios para o País e especialmente para a classe produtora.
Bom dia a todos