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Queda das commodities pode prejudicar o Brasil

“A expansão do Brasil solidificou sua reputação de um integrante líder dos Brics”, diz a Foreign Affairs. “Mas essa imagem brilhante se sustenta numa premissa extremamente instável: os preços das commodities. O país cresceu em larga medida junto com o aumento da demanda por suas reservas de petróleo, cobre, minério de ferro e outros recursos naturais. O problema é que o apetite global por essas commodities começa a cair. E se o Brasil não der passos para diversificar e estimular seu crescimento, poderá em breve cair junto com elas”, diz a publicação.

A diminuição do apetite mundial por commodities pode prejudicar o crescimento do Brasil, e o governo do país precisa enfrentar suas debilidades, apontam as publicações Foreign Affairs e The Economists em artigos sobre o país publicados nesta sexta-feira (18).

A Foreign Affairs destaca em seu texto que o país conseguiu crescer em média 4% ao ano nos últimos cinco anos, ao mesmo tempo em que reduzia a dívida e a desigualdade social e atraía um fluxo fortemente crescente de Investimento Estrangeiro Direto. “Uma década de sucesso fez do Brasil uma das nações emergentes mais elogiadas”, aponta a revista, em sua edição de maio e junho.

“A expansão do Brasil solidificou sua reputação de um integrante líder dos Brics”, diz a Foreign Affairs. “Mas essa imagem brilhante se sustenta numa premissa extremamente instável: os preços das commodities. O país cresceu em larga medida junto com o aumento da demanda por suas reservas de petróleo, cobre, minério de ferro e outros recursos naturais. O problema é que o apetite global por essas commodities começa a cair. E se o Brasil não der passos para diversificar e estimular seu crescimento, poderá em breve cair junto com elas”, diz a publicação.

A revista The Economist, na sua edição semanal, também alerta que algumas das fontes do crescimento brasileiro podem estar se esgotando. “Essas fontes incluem o ganho com a estabilização, a abertura e a reforma da economia na década de 1990 e uma forte melhoria dos termos de troca do país, graças ao apetite da China por commodities”.

A revista inglesa destaca que o Brasil tornou-se um país caro para os negócios, fruto, entre outros fatores, do encarecimento da mão de obra, da apreciação cambial, do aumento da carga tributária e da falta de investimento em infraestrutura. “E o governo começou a prejudicar os negócios: uma regra de que 65% dos equipamentos para o setor de exploração de petróleo em águas profundas devem ser fabricados domesticamente garante que as exploração dos novos campos será mais lenta e cara do que precisava ser.”

A publicação aponta que os esforços da presidente Dilma Rousseff para reduzir esses custos são “muito tímidos”, já que foi ela mesma a responsável pela regra protecionista do setor de petróleo e parece, segundo a revista, conformada com a possibilidade de o Brasil crescer menos de 4%.

“Os investidores vão começar a procurar mercados de maior crescimento na América Latina”, diz o texto. “Os pobres, que apoiam em massa a presidente, vão sofrer mais.”

Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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