O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) chegou a uma constatação preocupante: a quantidade de animais cadastrados no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov) caiu 62% no mês de julho em comparação com junho. No mês passado, o sistema teve 4,597 milhões de animais cadastrados. Neste mês, até ontem, os registros caíram para apenas 1,735 milhões de animais.
O ministério alerta que permanecem em vigor todos os normativos e prazos do Sisbov. Recentemente, o Mapa suspendeu a etapa intermediária que aumentava de 40 para 90 dias o prazo mínimo de ingresso e permanência de animais destinados à exportação na base nacional de dados do sistema. Esse prazo deveria vigorar a partir do último dia 31 de maio, mas foi adiada de 1o de agosto deste ano para 1o de fevereiro de 2005 a exigência de prévio cadastramento de animais inscritos em exposições, feiras e leilões no Sisbov.
O ministro Roberto Rodrigues tem reiterado seu propósito de aprimorar as normas e procedimentos do Sisbov. “Sempre com o cuidado de não comprometer a comercialização interna e as exportações”, afirma. “O presidente Lula tem nos orientado e incentivado a adotar medidas para assegurar a qualidade e a inocuidade dos produtos de origem agropecuária, não apenas para a exportação, mas principalmente para o mercado interno”.
O ministério esclarece que o grupo de trabalho recentemente criado, sob a coordenação do Gabinete do Ministro, para analisar e aprimorar a rastreabilidade animal, tem a função de ouvir as partes interessadas, colher críticas e sugestões, discutir princípios e diretrizes e, no prazo de até 90 dias, apresentar um relatório para a apreciação do ministro Rodrigues. O grupo de trabalho não tem autonomia para modificar as regras do Sisbov.
O ministro considera importante que, no caso da carne bovina, o Estado e todos os elos da cadeia produtiva tenham a consciência de que o Brasil, na condição de detentor do maior rebanho comercial do mundo e de maior exportador mundial do produto, precisa avançar rapidamente na eliminação de doenças de alto risco, na melhoria dos padrões sanitários e no estabelecimento de mecanismos ágeis e confiáveis. “Não fazê-lo agora, quando o mercado cresce e tem garantido uma boa remuneração, seria perder uma oportunidade ímpar, além de colocar em risco as conquistas alcançadas”, diz.
Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint
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O maior problema está relacionado na dupla identificação, que vigorou a partir de 1 de julho. Para os processos que estavam em andamento, ocorreu dificuldade do produtor em saber da exigência da dupla identificação, alguns já estavam com os animais prontos, e tiveram que encomendar o botton ou realizar a marca a fogo.
Outro fator está nos boatos que passam pelos meios de comunicação, tendenciando mudanças estruturais no SISBOV, gerando desconfiança pelo produtor.
A queda registrada é fruto de informações desencontradas com relação a mudanças que estão sendo levantadas pela comissão, e que de forma irresponsável e de cunho promocional são divulgadas de forma individual e desorganizada por alguns de seus membros. As propostas de mudanças só deveriam ser divulgadas por um responsável da comissão e no momento certo, visto a importância da comissão com relação ao aprimoramento do SISBOV as realidades do campo, e não ao seu cancelamento.