As vendas externas da companhia ganharam impulso no último trimestre subindo 30,5% ante igual período de 2011, puxadas pelas firmes vendas para o leste europeu, Oriente Médio e extremo Oriente. Cerca de dois terços da receita da companhia é obtida com vendas externas.
A Minerva Foods prevê aumentar sua participação de mercado ampliando o uso da capacidade instalada e o volume ofertado de olho na crescente demanda dos países emergentes, disse o diretor-presidente da companhia nesta quinta-feira (18). Até o final do último trimestre, em setembro, a companhia estava utilizando 70% de sua capacidade instalada, mas a meta da empresa é chegar a 85%, afirmou Fernando Galletti Queiroz, em teleconferência para comentar os resultados trimestrais.
As vendas externas da companhia ganharam impulso no último trimestre subindo 30,5% ante igual período de 2011, puxadas pelas firmes vendas para o leste europeu, Oriente Médio e extremo Oriente. Cerca de dois terços da receita da companhia é obtida com vendas externas. Na avaliação do executivo, a estratégia coincide com um cenário favorável à indústria no Brasil e nos demais países da América do Sul, pela oferta maior de animais para abate, enquanto os países do hemisfério norte seguem caminho inverso.
No acumulado dos doze meses encerrados em setembro, as vendas externas da Minerva cresceram 32,6%, somando R$2,99 bilhões. O diretor financeiro da Minerva Foods, Edson Ticle, reforçou durante a conferência que o crescimento da demanda pelos países emergentes tende a se estender em 2013. Este movimento leva a companhia mirar expansões na América do Sul, mas com a ressalva de que eventuais aquisições só viriam se os ativos tiverem impacto nulo ou não afetarem os níveis de endividamento da companhia.
No início de setembro, a Minerva anunciou a compra da Frigomerc, vizinha de sua unidade Friasa, ambas em Assunção no Paraguai, colocando a companhia na liderança do mercado bovino no país vizinho.
O presidente da Minerva ressaltou que o atual ciclo favorável à indústria, pela oferta maior de animais para abate e menor pressão de custo, deve se estender por mais dois anos. A matéria-prima (animais para abate) representa cerca de 80% do custo de produção dos frigoríficos. Segundo ele, tradicionalmente este ciclo perdura por três a quatro anos. Apesar do ciclo favorável à indústria em termos de preço do gado no mercado em 2013, o executivo alerta que isso não resultará necessariamente em preços mais baixos para a carne.
Ele vê um cenário incerto para os preços de grãos em 2013, o que deve continuar puxando custos de aves e suínos, e balizando o mercado de carne bovina. Os preços da carne bovina subiram em média 7% no último trimestre, com alguns cortes específicos subindo até 10%. A alta dos preços dos alimentos, sobretudo o complexo carnes, tem pesado sobre a inflação, e analistas esperam um avanço no Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de outubro.
Fonte: Reuters, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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