A Quickfood Argentina, subsidiária da brasileira Marfrig que deve ser transferida para a BRF-Brasil Foods em uma operação de troca de ativos, apresentou uma situação paradoxal em seu balanço: a produção e o faturamento da empresa subiram com força nos últimos nove meses, em relação ao mesmo período há um ano, mas pela primeira vez em cinco anos a companhia apresentou prejuízo em suas operações.
A Quickfood Argentina, subsidiária da brasileira Marfrig que deve ser transferida para a BRF-Brasil Foods em uma operação de troca de ativos, apresentou uma situação paradoxal em seu balanço: a produção e o faturamento da empresa subiram com força nos últimos nove meses, em relação ao mesmo período há um ano, mas pela primeira vez em cinco anos a companhia apresentou prejuízo em suas operações.
De acordo com o relatório que acompanha o balanço, apresentado nesta terça-feira (15), não foi possível transferir para os preços internos o aumento do custo da matéria-prima e da mão de obra e as operações externas são cada vez menos importantes.
De acordo com o balanço, a Quickfood vendeu no segundo semestre do ano passado e no primeiro trimestre deste ano 49 mil toneladas de carne industrializada, sendo 95% do total para o mercado interno, ante 40 mil toneladas no mesmo período há um ano, um aumento de 22,5%. O faturamento atingiu 2,618 milhões de pesos argentinos, ou US$ 605 milhões, usando como referência uma cotação de 4,33 pesos por dólar. Mas o custo da comercialização chegou a 91% do faturado , “um nível extremamento alto para este mercado”, de acordo com o texto que acompanha o balanço. O resultado do período mostrou um prejuízo líquido de 133 milhões de pesos, ou US$ 30,7 milhões.
As exportações são pouco expressivas em volume, mas significativas em faturamento: representaram 35% do faturamento da subsidiária argentina no período de nove meses encerrado no primeiro trimestre.
A Quickfood é a líder absoluta em carnes industrializadas na Argentina, detendo 66% do mercado de hambúrgueres com a marca “Paty”. Sua participação no mercado cresceu 7% no período, de acordo com o relatório.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.