A combinação entre a baixa disponibilidade de bovinos criados no pasto e a limitada oferta de gado engordado em confinamentos exerce forte pressão altista sobre os preços do animal pronto para o abate.
A menor oferta de bovinos tende a impulsionar os preços do boi gordo no Brasil durante o terceiro trimestre, aponta o relatório do banco holandês Rabobank. De acordo com a instituição, a combinação entre a baixa disponibilidade de bovinos criados no pasto e a limitada oferta de gado engordado em confinamentos exerce forte pressão altista sobre os preços do animal pronto para o abate.
Nesse contexto, o apetite dos importadores da carne bovina brasileira reforça a tendência. Entre janeiro e maio deste ano, as exportações de carne bovina do Brasil saltaram 28,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, para 437,3 mil toneladas, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic).
O banco holandês pondera, no entanto, que o comportamento dos preços das carnes de frango e suína, que atuam como ‘concorrentes’ da carne bovina, pode “minimizar” a alta esperada para as cotações da carne bovina.
Segundo o Rabobank, a inflação brasileira afetou a demanda de produtos derivados de carne de frango e suína, o que poderia reduzir os preços das duas proteínas, influenciando também a carne bovina.
Fonte: jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.