IPCA de agosto fica em 0,25%
12 de setembro de 2014
Rodadas de negociação com Marfrig têm avanço
12 de setembro de 2014

Rabobank prevê queda no consumo global de grãos

Esgotadas praticamente todas as possibilidades de que um solavanco climático impeça os EUA de atingirem uma safra recorde de grãos em 2014/15, os preços, especialmente da soja, estão expostos a uma deterioração mais agressiva. Análise feita pelo banco holandês Rabobank, principal financiador privado do agronegócio no mundo, indica que a recomposição nos estoques globais pode levar a oleaginosa a ser negociada ao preço médio de US$ 8,50 por bushel na bolsa de Chicago no novo ciclo.

Esgotadas praticamente todas as possibilidades de que um solavanco climático impeça os EUA de atingirem uma safra recorde de grãos em 2014/15, os preços, especialmente da soja, estão expostos a uma deterioração mais agressiva. Análise feita pelo banco holandês Rabobank, principal financiador privado do agronegócio no mundo, indica que a recomposição nos estoques globais pode levar a oleaginosa a ser negociada ao preço médio de US$ 8,50 por bushel na bolsa de Chicago no novo ciclo.

No Brasil, os produtores vieram retendo a comercialização de grãos nos últimos meses, à espera de uma reação nos preços. De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), os agricultores negociaram antecipadamente apenas 11,1% da safra 2014/15 de soja. Há um ano, 38,5% já estavam vendidos. Em agosto, os preços para entrega em março de 2015 ficaram à média de R$ 41,22 por saca, abaixo dos R$ 47,76 do mesmo período de 2013.

Diante desse cenário negativo, o Rabobank reforça que é prudente o produtor brasileiro se apressar em vender. “Em Mato Grosso e no Paraná, existe uma expectativa generalizada de que haverá melhora de preços. Mas acreditamos que a sinalização é contrária e quando romper os US$ 10 por bushel, a queda poderá ser brusca, num curto espaço de tempo”, diz Rasmussen. A situação é ainda mais preocupante, acrescenta o analista, porque muitos produtores não “travaram” nem mesmo os custos de produção. “O agricultor tem que ‘travar’ o suficiente para garantir esses custos, e aí especular com o restante da safra”, afirma.

Para o milho, o Rabobank não acredita que há muito espaço para quedas adicionais. “A cotação está dentro do que se esperaria para a condição global de estoques”, diz Rasmussen. O banco estima uma média de US$ 3,65 por bushel no novo ciclo, semelhante aos níveis atuais de Chicago. O número está dentro da previsão do USDA, que estima entre US$ 3,20 e US$ 3,80.

O banco crê ainda em uma queda no consumo global de grãos, diante da menor demanda para ração, reflexo da redução do plantel por conta de doenças como diarreia epidêmica suína (PED) e gripe aviária. “No Brasil, a demanda pode ficar mais aquecida em função da maior importação de carnes pela Rússia”, conclui Rasmussen.

Fonte: Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint

Os comentários estão encerrados.