Rachel Kyte, consultora do International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial para o setor privado, disse que a instituição quer financiar empresários que atuam na Amazônia, mas diz que é preciso ter "total confiança" na empresa.
Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, Rachel Kyte, consultora do International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial para o setor privado, disse que a instituição quer financiar empresários que atuam na Amazônia, mas diz que é preciso ter “total confiança” na empresa. No ano passado, o IFC rompeu um contrato com o frigorífico Bertin após denúncias que mostravam a relação entre a produção de carne e o desmatamento da Amazônia.
Questionada se o Banco pretende manter financiamentos para o setor de agronegócio na Amazônia, Kyte respondeu: “é muito importante para nós ter uma relação de confiança e compromisso com o outro, assim como em toda parceria. Então, quando trabalhamos com uma empresa, especialmente numa área com alta complexidade e alguma controvérsia, essa confiança é fundamental. E quando se perde a confiança, sente-se a pressão de ir embora. Mas não temos medo dessas situações difíceis. Acredito que o IFC deve trabalhar com empresas comprometidas para encontrar uma maneira de equilibrar o aumento da produtividade com a redução do impacto ambiental”.
Ela ressaltou que apesar de existirem muitas companhias que não querem seguir os padrões ambientais exigidos pelo IFC, encontra muitas pessoas que compreendem que o crescimento do negócio depende totalmente do equilíbrio com as necessidades do ecossistema e da demanda global pelo produto.
“Um dos problemas no Brasil é que fazer a coisa certa sai mais caro. Muitos empresários ficam preocupados com o cenário político, especialmente em época de eleição, quando as pessoas prometem muitas coisas. O setor requer políticas previsíveis e que se mantenham por anos”, finalizou Kyte.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.