Foi mesmo raiva a doença que matou de novembro do ano passado até o final da semana 800 cabeças de bovinos, entre bezerros e adultos, na área de abrangência do lago da usina hidrelétrica de Manso, em Chapada dos Guimarães. Em novembro, a doença surgiu na região de Matão, mas o Instituto de Defesa Agropecuária (Indea) agiu imediatamente e conteve o foco, apesar de ter causado 86 óbitos.
De lá para cá, com o Indea sem médico veterinário nos escritórios de Rosário Oeste, Jangada e Nobres e com o de Chapada dos Guimarães de férias, a doença ressurgiu e em pouco tempo matou mais de 700 bovinos, entre bezerros e adultos.
O último foco surgiu na fazenda Pirâmide, ex-São Lucas. Comunicado sobre a ocorrência, o Indea deslocou para a região o médico veterinário Edilberto Marques Lemes Pinto para fazer uma avaliação sobre o foco. No sábado, chegou a Cuiabá, procedente da fazenda Pirâmide, um animal com todas os sintomas da raiva.
O animal morreu no sábado à noite e ontem foi feita a necrópsia, com o cérebro do bovino sendo encaminhado ao Laboratório de Sanidade Animal (Lasa) do Indea para análise. O exame comprovou que o animal morreu vítima de raiva.
Médicos veterinários do Indea não têm dúvidas: a morte do animais está sendo causado por morcegos hematófagos que foram expulsos do habitat com a inundação da represa da hidrelétrica de Manso e estão atacando os animais que encontram para sugar os sangue com que se alimentam. O médico veterinário Edilberto Marques segue hoje para a área para avaliar a gravidade da situação.
Fonte: Diário de Cuiabá (por Nelson Severino), adaptado por Equipe BeefPoint