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Rally da Pecuária 2012: demanda mundial por proteína aumentará 20,4% até 2020

No Brasil, o consumo crescerá dos atuais 26 milhões de toneladas para 33 milhões de toneladas no mesmo período. Diferentemente do mundo, será a carne bovina que puxará esse crescimento no País, com avanço de 40%, passando de 9,33 milhões de toneladas para 13,08 milhões de toneladas. Entretanto, os pecuaristas brasileiros terão de superar as pressões por terra - competição de área com a agricultura - e também as econômicas.

A demanda mundial por proteína animal aumentará 20,4% nos próximos anos, passando de atuais 280 milhões de toneladas para 337 milhões de toneladas em 2020. A carne de aves será responsável pelo maior crescimento, com avanço de cerca de 40%, por ser o segmento mais competitivo em termos de preços. Os dados são das consultorias Agroconsult e Bigma, que serão apresentados nesta quarta-feira a pecuaristas da região de Xinguara, no Estado do Pará, pela Equipe 2 do Rally da Pecuária 2012, com participação da Agência Estado.

No Brasil, o consumo crescerá dos atuais 26 milhões de toneladas para 33 milhões de toneladas no mesmo período. Diferentemente do mundo, será a carne bovina que puxará esse crescimento no País, com avanço de 40%, passando de 9,33 milhões de toneladas para 13,08 milhões de toneladas. “Para atender a demanda, principalmente impulsionada pelos países emergentes e pelo aumento da urbanização, vamos ter de aumentar o abate dos atuais 39,64 milhões de cabeças/ano para 53,63 milhões de cabeças em 2022”, disse o diretor da Bigma Consultoria, Maurício Palma Nogueira.

Entretanto, os pecuaristas brasileiros terão de superar as pressões por terra – competição de área com a agricultura – e também as econômicas. “O ritmo de produtividade precisa aumentar para o País produzir mais em pouco espaço. Para a produção se tornar mais eficiente é fundamental o uso de tecnologias e melhores práticas em manejo de gado e recuperação de pastagem”, ressaltou Nogueira. A média atual nacional de produtividade está em 3,64 arrobas por hectare ao ano e em 2022 deve alcançar 5,36 arrobas por hectare ao ano.

Nos três dias, desde o último domingo, em que a Equipe 2 do Rally da Pecuária percorreu os municípios e estabelecimentos do Pará, observou-se uma preocupação dos pecuaristas com o melhor manejo das pastagens. “Mas ainda são poucos que trabalham nisso. No geral, o pessoal é meio leigo nesse assunto por aqui”, disse o pecuarista Marco Antonio Rezende Marques, da Fazenda Nascente do Rio Pardo, de São Félix do Xingu, que faz a cria de animais. Marques já realiza algumas ações em manejo de pastagens, preocupação herdada dos 10 anos em que foi agricultor no sul de Goiás.

Nesta quarta-feira, a Equipe 2 do Rally começará a  percorrer o trecho de Xinguara (PA) até Santana do Araguaia (PA) novamente, percorrendo aproximadamente 347 quilômetros. Até o próximo domingo, a expedição passará pelas cidades de Querência (MT), Água Boa (MT), Primavera do Leste (MT), encerrando o trajeto em Cuiabá (MT). *A repórter viajou a convite da Agroconsult e Bigma

Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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