Rastreabilidade argentina também apresenta problemas

Assim como no Brasil, a rastreabilidade não funciona como deveria na vizinha Argentina e também há fragilidades no sistema. A afirmação é do professor e pesquisador do Programa de Agronegócios e Alimentos da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, Hernan Palau. Sobre a possibilidade de "vista grossa" da União Européia (UE) sobre a rastreabilidade argentina, o secretário executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli, afirmou que possivelmente a Argentina se mostrou com menor risco nas auditorias feitas pela Comissão Européia. Mas admitiu que é inevitável não considerar que a pressão da UE sobre o Brasil é maior, pois a Argentina não significa risco para a pecuária européia.

Assim como no Brasil, a rastreabilidade não funciona como deveria na vizinha Argentina e também há fragilidades no sistema. A afirmação é do professor e pesquisador do Programa de Agronegócios e Alimentos da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, Hernan Palau.

“Não se registram tratamentos nos animais. Sabe-se apenas o número de cada um. E é isto, teoricamente, que o frigorífico registra na hora de exportar”, informou, em reportagem de Fabiana Batista, da Gazeta Mercantil.

As resoluções argentinas determinam que todo o gado seja identificado para ser engordado, independentemente do destino final. “Desta forma, o pecuarista deve pedir as identificações e inserir os dados numa planilha. Entretanto, é muito comum se ouvir que nem todos os animais são vendidos com identificação, há ainda muita informalidade”, completou Palau.

Sobre a possibilidade de “vista grossa” da União Européia (UE) sobre a rastreabilidade argentina, o secretário executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antônio Camardelli, afirmou que possivelmente a Argentina se mostrou com menor risco nas auditorias feitas pela Comissão Européia. Mas admitiu que é inevitável não considerar que a pressão da UE sobre o Brasil é maior, pois a Argentina não significa risco para a pecuária européia. “Eles são mais rudes conosco porque somos uma fronteira capaz de suprir e tirar o lugar dos outros. A Irlanda perdeu mercado da Rússia, do Egito e da Argélia, apesar de uma subvenção de 500 euros. E ainda assim, ela nunca vai ser competitiva como o Brasil”, alfinetou.

Para Camardelli, é preciso que o Sisbov seja revisto para ter baixo custo e fácil acesso ao pecuarista. “Se for difícil para a origem implantar, o sistema nasce morto”, afirma.

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