A Conferência Internacional sobre Rastreabilidade de Alimentos, promovida pelos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Ciência e Tecnologia, em parceria com a Embaixada da França, abriu ao Brasil a possibilidade de avançar numa série de acordos bilaterais de cooperação técnica com países da União Européia.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), começou ontem a analisar acordos bilaterais sobre sistemas de origem, certificação e rastreabilidade com a Universidade de Bolonha (Itália), Universidade de Wageningen (Holanda), Comunidade Autônoma da Andaluzia (Espanha) e do governo do Reino Unido. Além disso, a Associação das Indústrias Frigoríficas da União Européia, com sede em Rotterdam, na Holanda, manifestou o interesse em aprofundar o conhecimento mútuo sobre os processos e requisitos na área frigorífica de logística.
O coordenador do recém-criado Grupo de Trabalho sobre Rastreabilidade do Mapa, Juaquim Naka, informa que pelo menos dez instituições brasileiras de pesquisa e de governo, além de empresas certificadoras, já demonstraram interesse em negociar com os europeus.
Barreiras
Os participantes brasileiros saíram com a certeza de que as barreiras técnicas impostas à entrada de produtos brasileiros pelos países desenvolvidos substituirão as atuais barreiras tarifárias. Em função do aumento das exportações e das restrições comerciais, o mercado de certificação de produtos já movimenta R$ 35 milhões por ano no Brasil, reunindo 35 organismos de certificação de produtos credenciados pelo Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro). No Brasil, há 40 produtos com certificação compulsória e outros 90 de rotulagem voluntária.
Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint